O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, lamentou hoje a morte do ex-avançado Rui Jordão, "um jogador especial", que deixou um "legado de resiliência".

Em mensagem publicada na página oficial da FPF na internet, Fernando Gomes diz que "foi com enorme tristeza" que recebeu a notícia da morte do antigo jogador, que faleceu hoje, aos 67 anos, no Hospital de Cascais, onde estava internado, em consequência de problemas cardíacos.

"Jordão foi um jogador especial, uma figura ímpar que prestigiou todos os portugueses e nos fez arrancar aplausos e emoções fortes", considerou Fernando Gomes, dizendo que o avançado marcou o futebol luso "de forma indelével".

O presidente da FPF lembrou ainda a importância de Jordão no caminho para o Euro84 e a campanha lusa na fase final do torneio, em França, que "fez vibrar todo o país e foi digna de um verdadeiro campeão".

"À sua elegância e delicadeza em campo, Jordão deixa-nos igualmente um legado de resiliência e grande dignidade na sua vida pessoal", lê-se ainda na mensagem.

Rui Jordão, natural de Benguela, destacou-se no Benfica, clube no qual iniciou a carreira, em 1971/72, e no Sporting, tendo disputado 43 jogos pela seleção portuguesa e marcado 15 golos, dois dos quais no Europeu de 1984, no qual Portugal foi eliminado nas meias-finais.

Jordão, que jogou também no Saragoça e no Vitória de Setúbal, onde terminou a carreira, em 1988/89, foi melhor marcador do campeonato português nas épocas 1975/76 e 1979/80, tendo conquistado seis títulos de campeão nacional, três Taças de Portugal e uma Supertaça portuguesa.