Roberto Martínez recebeu o prémio 'Valores trajetória" durante a VII Gala Valores, do jornal 'Sport', depois da conquista da Liga das Nações por Portugal. Depois do evento, o selecionador nacional deu uma entrevista onde falou sobre a seleção das quinas.

Depois de ter sido questionado se a atual equipa lusa é a melhor de sempre, Martínez preferiu olhar a estatísticas e enalteceu o cruzamento de gerações.

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"Isso é muito subjetivo. Penso que a melhor geração de sempre é a de 1966, porque ficou em terceiro no Mundial e isso sim é objetivo. Os resultados dão os parâmetros de qual é a geração de ouro. Na atual seleção há exemplos incríveis, mas todos se lembram ainda de momentos do passado do futebol português com Rui Costa, Luís Figo ou João Vieira Pinto. São muitos jogadores e gerações excelentes e agora temos uma mistura muito bonita. Cristiano Ronaldo estreou-se no ano em que Carlos Forbs nasceu", começou por dizer.

Depois de valorizar a formação portuguesa, o selecionador nacional falou sobre Cristiano Ronaldo e de que forma é que ainda se pode tirar o melhor de um jogador com a dimensão do madeirense.

"Com ele estamos a ver um exemplo que se repete em grandes atletas com alto nível com longevidade: adaptam-se às necessidades. Vivemos a aparição do Cristiano em 2004 e sabemos tudo o que ele fez na carreira. Agora é um jogador muito diferente, que usa muito bem sua experiência, nos seus movimentos, na capacidade de finalização... A ponto de ter marcado 25 golos nos últimos 30 jogos pela Seleção. Não estamos a falar de alguém que joga por Portugal pelo que fez, mas sim de um jogador que é muito importante nos esquemas atuais da sua seleção. Essa capacidade de adaptação é essencial para a longevidade de qualquer jogador de futebol", prosseguiu.

Por fim, Martínez falou sobre o futuro de Portugal e destacou o Mundial 2026 como próximo objetivo, rejeitando a ideia de que a seleção das quinas é favorita à vitória.

"Os nossos objetivos são manter os pés assentes no chão e melhorar em todos os jogos. Chegar a uma final de um Mundial é um caminho difícil, complexo e com muitas vertentes, mas temos de estar preparados e ser uma equipa que não tem medo de sonhar", concluiu.