A liga italiana de futebol, sob pressão do governo, decidiu hoje limitar a capacidade dos estádios a 5.000 espectadores a partir de 15 de janeiro, para as 22.ª e 23.ª jornadas da Série A.
A medida surge na sequência de um apelo do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, ao presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Gabriele Gravina, para que fossem tomadas medidas no luta contra o ressurgimento da contaminação por covid-19, devido à variante Ómicron.
Por outro lado, as partidas agendadas para domingo, Roma-Juventus e Inter de Milão-Lazio, serão disputadas com lotação reduzida para apenas 50 por cento, assim como o jogo da Supertaça entre o Inter de Milão e a Juventus, na quarta-feira, em San Siro.
Ao contrário da Alemanha ou dos Países Baixos, em que prevalece os jogos à porta fechada, a Série A preferiu optar pelo compromisso adotado em França e, desta forma, evitar a intervenção direta do governo, que poderia determinar que pudessem ser disputados sem espectadores.
A medida será válida até 23 de janeiro e a sua possível extensão será reavaliada quando o campeonato for retomado, dependendo da evolução da curva de contaminações, de acordo com o diário Il Corriere della Sera.
O governo italiano, face ao aumento de contaminações pelo novo coronavírus, decidiu na quarta-feira introduzir a vacinação obrigatória para todas as pessoas com mais de 50 anos.
A península italiana registou um elevado número de novos casos positivos nos últimos dias, com mais de 197 mil hoje, 108 mil na sexta-feira e 219 mil na quinta-feira, sendo que, no total, mais de 1,8 milhões de pessoas são atualmente positivas em Itália.
Primeiro país europeu duramente atingido pela pandemia de covid-19, a Itália registou mais de 138 mil mortes desde o início de 2020.
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