E vão 17 vitórias consecutivas na Taça de Portugal! Com a goleada na Amoreira frente ao Estoril (4-0) os azuis e brancos tornaram-se na equipa com mais triunfos consecutivos na competição, superando o Benfica (1981/82) que contava com 16.
No pós empate frente ao Boavista no Bessa, resultado frustrante que tinha deixado os azuis e brancos a cinco pontos da liderança do campeonato, urgia um grito de revolta que se podia traduzir numa exibição consistente e de preferência com nota artística. Antecipavam-se cuidados frente a um adversário que já tinha infligido duas derrotas na temporada aos dragões e que tinha sido inclusivamente responsável pela eliminação na final da Taça da Liga. Haviam feridas para ser saradas e contas para ser ajustadas.
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A 'vingança' quer-se servida fria, tal com a noite na Amoreira. A equipa da casa surgiu afoita em campo, e Diogo Costa foi o responsável por afastar desde logo alguns 'fantasmas' que podiam surgir aquando dos últimos embates com os canarinhos. O guardião portista manteve a baliza a zeros no período inicial do jogo, com Heriberto e João Tavares envolvidos na jogada. O trio da frente, com Pepê, Galeno e Francisco Conceição estava solto na frente e desde cedo quis fazer 'estragos'.
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Até se comentava, pelo minutos iniciais, que o FC Porto iria patentear outra exibição sem brilho. Puro engano. A partir de meio da segunda parte, os dragões arrancaram para uma das melhores exibições da época. Carrocel ofensivo constante, com os homens da frente como protagonistas. Evanilson quis chamar para si desde logo o título de protagonista, com um golo de extraordinária classe, quando recebeu um passe tenso de Pepe e disparou de primeira, com a bola a embater na barra antes de entrar. A mira estava apontada à baliza de Dani Figueira e o Estoril mostrava-se incapaz de pôr cobro à velocidade dos homens de azul. Conceição arrancou na direita e foi travado em falta por Mangala. Na conversão da grande penalidade, Evanilson bisou. A turma de Conceição não afrouxou e só a desinspiração na finalização impediu que o marcador não mexesse novamente até ao intervalo.
Vasco Seabra tentou mexer com o jogo, lançou em campo Rafik Guitanoe e Holsgrove. Os portistas não queriam dar azo a surpresas, e a goleada pairava no ar. Evanilson chegou ao hat-trick, num remate mortífero, a coroar nova grande jogada coletiva.
Galeno fecharia as contas, num grande trabalho, em que deitou os canarinhos ao chão antes de finalizar para a baliza. Exibição sem mácula dos portistas.
Momento
A imprudência de Mangala, na forma como derrubou Francisco Conceição e provocou grande penalidade, acabou por penalizar o Estoril, que se viu a perder por 2-0, com meia de jogo. Acabou por ser um duro revés para a equipa de Vasco Seabra.
Os melhores
Evanilson
Provou que pode mortífero, mesmo sem Taremi em campo. Assumiu o papel de referência na frente e respondeu com três golos, dois deles de classe pura. Brilhou a grande altura.
Pepê
Jogou que se fartou o brasileiro, e foi uma das principais referências na partida na Amoreira. Foi dele a assistência para o tento de Galeno que fechou as contas para o conjunto portista.
Dani Figueira
Se o Estoril não saiu da Amoreira com uma derrota ainda mais pesada deve-o a Dani Figueira. Impediu os intentos da equipa portista, ao ser o protagonista de cinco importantes defesas ao longo do encontro. Alan Varela deve ter ficado com vontade de lhe lançar uma praga.
Reações
Conceição fala em jogo competente da equipa, Evanilson feliz pelo hat-trick
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