O ministro da Justiça e Cidadania do Brasil, Alexandre de Moraes, referiu na quinta-feira que o brasileiro detido no mesmo dia fez juramento ao grupo radical Estado Islâmico e era investigado desde 2014 por envolvimento com grupos terroristas.
"Ele foi preso porque tinha envolvimento com entidades terroristas, uma ligação desde o Campeonato do Mundo de Futebol [em 2014, no Rio de Janeiro]. Depois, nós fomos verificando, investigando. Ele saiu do Brasil, esteve na Síria e fez juramento ao Estado Islâmico", afirmou o governante, na Bahia, segundo a imprensa local.
Na sequência dessas informações, foi decretada a prisão "pela necessidade de uma investigação maior, mais apurada", justificou.
Chaer Kalaoun, um muçulmano não praticante de 34 anos e filho de uma família tradicional de comerciantes libaneses, foi preso na quarta-feira em Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, por agentes da Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal de Brasília.
O brasileiro é acusado de uma ligação com o Estado Islâmico, de fazer apologia do grupo radical e de defender ações violentas do Estado Islâmico em mensagens publicadas na Internet.
Em comunicado, a Polícia Federal informou que a prisão foi determinada para "aprofundar a investigação instaurada a partir da identificação de manifestações e promoção de organização terrorista pela Internet".
Sem esclarecer se o detido estava a preparar atos terroristas, a entidade policial referiu que ele não tem relação com a Operação Hashtag, iniciada na semana passada e que terminou com a detenção de 12 pessoas por suspeitas de planearem ataques terroristas durante os Jogos Olímpicos, que decorrem de 05 a 21 de agosto no Rio de Janeiro.
"Outros dois mandados de busca também foram cumpridos", informou ainda a polícia, lembrando que Chaer Kalaoun "possui histórico de detenção por porte ilegal de arma".
O advogado da família, Edison Ferreira, negou as acusações e contestou as circunstâncias da detenção.
Também na semana passada, a especialista norte-americana em contra terrorismo Rita Katz avisou que extremistas islâmicos publicaram no serviço de troca de mensagens Telegram recomendações de 17 técnicas para atentados durante o maior evento desportivo do mundo.
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