A Federação Norte-americana de Atletismo (USATF) defendeu hoje o adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, devido à pandemia de Covid-19, e solicitou aos responsáveis olímpicos do país para transmitirem esse pedido ao Comité Olímpico Internacional (COI).
Numa carta dirigida aos comités olímpico e paralímpico norte-americanos, o diretor executivo da USATF, Max Siegel, considerou que a continuação dos preparativos para os Jogos "não será do interesse dos atletas”.
Siegel justificou o pedido de adiamento com base na saúde e na segurança dos atletas e nos efeitos da interrupção do calendário das provas e do cancelamento ou adiamento de competições e treinos, em consequência da propagação do novo coronavírus.
"Os nossos atletas estão sob uma enorme pressão, stress e ansiedade. A sua saúde mental e bem-estar são uma prioridade para nós", defendeu.
O responsável da USATF acrescentou ainda que os efeitos da suspensão das atividades e provas estão a ter efeitos notórios nos atletas.
"A melhor decisão e a mais responsável é colocar a saúde e a segurança de todos em primeiro lugar, vendo claramente os efeitos que esta situação difícil teve e continua a ter sobre os nossos atletas e na respetiva preparação para os Jogos Olímpicos", observou Siegel, embora reconhecendo que "não existe solução perfeita".
Além da USATF, também as federações norte-americana e francesa de natação e os comités olímpicos da Noruega e do Brasil manifestaram-se favoráveis ao adiamento do evento.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 11.401 morreram.
O surto começou na China, em dezembro de 2019, e espalhou-se por mais de 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, que se encontra em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, a Direção-Geral da Saúde elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.280, mais 260 do que na sexta-feira. O número de mortos no país subiu para 12.
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