Ricardo Batista, Melanie Santos, Vasco Vilaça e Maria Tomé mostraram-se hoje orgulhosos com a “prova incrível” na estafeta mista de triatlo de Paris2024 e com o quinto lugar na estreia de Portugal nesta prova em Jogos Olímpicos.
“Eu acho que nós acabámos por estar nervosos desde o início até ao fim, mas eu acho que fizemos uma prova incrível. Todos estivemos no nosso melhor”, disse Melanie Santos, lembrando que Portugal manteve “sempre o contacto com as medalhas”.
Apesar do quinto lugar, a mais experiente dos quatro triatletas, que fez a segunda parte da estafeta, diz que têm de “ser realistas, foi uma grande prova”, em que todos estiveram “muito bem”, considerando que “um diploma olímpico na estreia é incrível”.
“Tanto o triatlo como Portugal têm que estar bastante orgulhosos, como acho que qualquer um de nós está pela performance que a nossa equipa teve”, admitiu.
Ricardo Batista abriu a competição para Portugal e sofreu logo uma penalização de 10 segundos, por um falsa partida, algo com que conseguiu “lidar da melhor maneira”, com Portugal a conseguir estar sempre “perto dos lugares cimeiros da competição”.
“Foi, sem dúvida, uma prova bastante boa de todos os elementos da estafeta e, para uma estreia desta competição para Portugal, acho que não podíamos pedir um melhor resultado. Estivemos todos bastante bem e saímos daqui bastante contentes”, afirmou.
Ricardo Batista, que foi sexto na prova individual, garante que todos estão “bastante satisfeitos com o diploma”, embora admita que, com Portugal perto dos lugares do pódio, “estava já a acreditar numa medalha”.
A terceira parte da estafeta ficou a cargo de Vasco Vilaça, que disse que “é muito bonito” o triatlo sair de Paris com três diplomas, em especial por todos os elementos da equipa o terem conseguido, depois do seu quinto lugar na prova individual, na qual Ricardo Batista foi sexto.
“É algo que poucos outros desportos conseguem fazer e mostra o potencial que o triatlo tem, não só nestes Jogos, neste momento, mas para o futuro”, assumiu Vilaça, que confessou que todos sonharam “sempre até ao fim”.
Sobre a prova, o triatleta de 24 anos diz que deu “tudo o que tinha, depois da prova da Melanie e do Ricardo, que correram bastante”, apenas lamentando não “ter deixado um bocadinho mais de espaço para a Maria [Tomé] sair com a atleta americana”, para poderem alimentar “até ao fim” o sonho da medalha.
Maria Tomé segurou o quinto lugar para Portugal, embora admita que “fazer o último percurso é sempre uma grande responsabilidade”.
“Mas acho que, no final do dia, foi o melhor que conseguimos e eu estou muito contente, eu espero que eles também, e acho que eles também estão, e foi maravilhoso”, referiu.
Depois de receber o terceiro lugar de Vasco Vilaça, Maria Tomé tentou manter-se perto da norte-americana Taylor Knibb, que tem um percurso de bicicleta “muito forte”, “para segurar o lugar perto do pódio”.
“Não deu, mas foi tentar fazer os melhores outros dois segmentos possíveis e eu acho que o quinto já foi superbom e estamos supercontentes”, disse a jovem de 23 anos, que fez toda a bicicleta a ‘solo’, mas que acabou por conseguir “fazer uma corrida sólida e assegurar o quinto lugar na estreia”.
Ricardo Batista, Melanie Santos, Vasco Vilaça e Maria Tomé completaram a prova em 1:27.08 horas, a 1.29 minutos da Alemanha, que ganhou a prova em 1:25.39, secundada pelos Estados Unidos, prata, e a Grã-Bretanha, bronze, ambos a um segundo.
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