A Guiné-Bissau "espera e está a trabalhar" para participar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 com atletas do judo, luta e atletismo, disse à agência Lusa o secretário-geral do Comité Olímpico guineense.
Eugénio Lopes afirmou que está em marcha um "plano estratégico para possibilitar a qualificação direta" dos atletas das três modalidades que se encontram em treinos em centros de alto rendimento em Portugal e Marrocos.
Só se não conseguirem a qualificação direta, através dos mínimos exigidos por cada modalidade, é que a Guiné-Bissau admite participar através de convites por quotas continentais, assinalou ainda Eugénio Lopes.
Os atletas Taciana Baldé e Diogo Lacerda, ambos judocas, e Jéssica Inchudé, do lançamento e peso, que competem por clubes portugueses, "constituem as grandes esperanças" do país, observou o secretário-geral do Comité Olímpico guineense.
Outros dois atletas guineenses integram, com bolsas da solidariedade olímpica, um Centro de Alto Rendimento em Marrocos, onde treinam e procuram mínimos exigidos para que possam estar nos Jogos, referiu ainda Eugénio Lopes.
Eugénio Lopes exortou o Governo a comparticipar nos treinos e nas competições dos atletas que evoluem fora da Guiné-Bissau, lembrando que aqueles poderão ser "bons embaixadores do país se forem aos Jogos".
O responsável do Comité Olímpico guineense destacou ainda que a meta fixada "é estar ao mesmo nível ou melhor" do que a última participação nos jogos do Rio de Janeiro, no Brasil, em 2016, em que a Guiné-Bissau, pela primeira vez, esteve representada por três atletas qualificadas diretamente: Taciana Baldé, do judo, Augusto Midana e Blopasse, ambos de luta olímpica.
O velocista Holder da Silva e a lançadora Jéssica Inchude estiveram no Rio2016, mas a convite da organização.
A Guiné-Bissau participou, por convite, pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, em 2004, em Atenas na Grécia, com o lutador Talata Balde, tendo estado, a partir daí, sempre representado, mas ainda não alcançou qualquer medalha.
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