Paulo Pereira, selecionador de Portugal, não escondeu o orgulho depois dos seus jogadores terem vencido a Espanha por 35-29, confirmando pela primeira vez o apuramento para os quartos de final do Campeonato do Mundo, que está a ser disputado em Oslo, na Noruega.

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"Acabou por ser uma vitória categórica, mas foi uma vitória muito trabalhada. Nós sabíamos que tínhamos que preparar todos os detalhes. Mas o que é certo é que, em pouco tempo, conseguimos estar mais ou menos prontos para ultrapassar as dificuldades que a Espanha poderia criar. Sabíamos que eles iam jogar 5-1 profundo. E não entrámos muito bem, porque fizemos exatamente aquilo que eles queriam que nós fizéssemos. Depois, creio que no intervalo acabamos por escolher alguns pontos que foram seria essenciais. E, portanto, acho que fizemos uma segunda parte fantástica. Ganhámos 8 golos na segunda parte", afirmou o selecionador português, em declarações após o jogo.

Orgulho nos atletas: "Estou muito satisfeito mais uma vez por ter esta gente comigo. E oxalá que agora pensemos somente no Chile para podermos ter a possibilidade de ficar em primeiro lugar no grupo. E depois um jogo de cada vez", atirou.

Exibição de Salvador: "O Salvador, a mim, não me surpreende, sobretudo como pessoa. É uma pessoa extraordinária e que dá tudo o que tem em campo. E consegue fazer coisas que às vezes não esperamos, eventualmente".

Sobre o pedido de calma no desconto de tempo: "Sim, por vezes é difícil meter travão a esta seleção com tantas armas ofensivas. Mas o que é um facto é que temos analisado os jogos e percebemos que, de uma forma geral, as equipas que têm mais tempo de posse de bola acabam por também conseguir ter melhores resultados. O facto de nós podermos programar bem os ataques demonstra alguma segurança e prepara-nos também para a recuperação defensiva e para a defesa. Portanto, se nós, em cada ataque, estivermos apenas 10 segundos, provavelmente não estaremos prontos para defender. Isso é fundamental e interligar as fases todas."

Pensamento no jogo com o Chile:  "Agora pensamos no Chile. É o futuro, é o Chile. E depois logo vemos o que é que vamos fazer a seguir. Depois uma coisinha cada vez. Continuaremos, seguramente, a fazer alguma renovação gradual, como temos vindo a fazer desde 2016. Portanto, esta renovação e estes três atletas estão incluídos numa renovação normal, tal como outros atletas que temos vindo a fazer."