Patrícia Mamona, que defendia o título conquistado há dois anos, assegurou hoje a medalha de bronze no triplo salto, nos Europeus de pista coberta, em Istambul, na Turquia, ao conseguir 14,16 metros na final.
A vice-campeã olímpica, de 34 anos, fez a sua melhor marca logo a abrir, não voltando a conseguir ultrapassar os 14 metros, ficando longe dos 14,51 metros da melhor marca europeia do ano e do seu recorde nacional, de 14,53, que lhe valeram o cetro europeu há dois anos.
A turca Tugba Danismaz sagrou-se campeã europeia, com 14,31 metros, um novo recorde nacional, à frente da italiana Daiya Derkach (14,20).
A medalha de bronze de Mamona aumenta para três os ‘metais’ conquistados por Portugal em Istambul2023, igualando o total de Torun2021, com três ouros, e de Valência1998, com um ouro e duas pratas.
Mais uma medalha a consagrar a boa aluna
Filha de pais angolanos, Patrícia Mbengani Bravo Mamona nasceu em 21 de novembro de 1988 em Lisboa e viveu até adolescente no Cacém, nos arredores da capital portuguesa.
Foi lá que foi 'descoberta' pelo treinador José Uva, então ligado à Juventude Operária de Monte Abraão (JOMA), que viu nela uma atleta completa, capaz mesmo de excelentes resultados nas provas combinadas.
Entrou para o JOMA em 2001, com 12 anos, e logo no ano seguinte começou a somar triunfos no Olímpico Jovem, lançando-se para uma série de sucessos que não parou.
Campeã europeia absoluta em 2016, e vice-campeã em 2012, Mamona foi finalista olímpica no Rio2016 e agora subiu a parada, após cinco anos de trabalho.
Antes, ainda sub-23, foi segunda nas Universíadas e campeã universitária nos Estados Unidos, em 2011, quando estudou ciências médicas na universidade de Clemson, na Carolina do Sul, o primeiro de dois cursos universitários, então já como atleta do Sporting.
A saltadora assegurou a 26.ª medalha olímpica para Portugal, a 11.ª no atletismo e a segunda no triplo salto, depois do ouro de Nelson Évora em Pequim2008.
Orientada por José Uva, Mamona ‘explodiu’ em 2021, com o título europeu e, nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, com a medalha de prata, à boleia de novo recorde nacional nos 15,01 metros, enquanto, no meio académico, vai dando cartas no segundo curso, este de engenharia biomédica.
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