A delegação portuguesa presente nos Europeus de atletismo de Berlim, que arrancam na segunda-feira, será uma das maiores de sempre, com 35 atletas, e a conquista de medalhas é um dos objetivos.
Realce nesta participação lusa para o peso da equipa feminina, com 20 mulheres e 15 homens, entre as quais figuram duas campeãs europeias da última edição (2016): Patrícia Mamona no triplo salto e Sara Moreira na meia maratona.
As duas atletas podem figurar entre as candidatas a medalhas, com Mamona a defender o seu título, enquanto Sara Moreira vai disputar a prova dos 10.000 metros.
Mas ambas não estarão sós nestas duas provas, que, juntamente com os 100 metros masculinos, nos quais Portugal está representado por Carlos Nascimento, Yazaldes Nascimento e José Pedro Lopes, têm a quota de presença esgotada: três atletas.
No triplo salto, a recordista nacional tem a companhia de Susana Costa e de Lecabela Quaresma, também inscrita para o heptatlo. Susana Costa já foi finalista (quinta) e pode repetir esse feito, já Lecabela deverá ter mais dificuldades e tudo irá depender da sua participação no heptatlo, já que será incompatível estar nas duas provas no mesmo dia.
Nos 10.000 metros, Portugal tem um bom contingente, juntando-se a Sara Moreira as atletas Inês Monteiro, que regressa aos Europeus 16 anos depois da sua estreia, na Alemanha, e Catarina Ribeiro, que está à espreita de subir mais um patamar na hierarquia do meio fundo português.
Já para os 10.000 metros masculinos, destaque para a presença de Samuel Barata, que poderá beneficiar de uma final tática ou então sentir mais dificuldades numa final mais rápida.
Nos 3.000 metros obstáculos, a presença de apenas um atleta, André Pereira, que tem a 'obrigação' de manter a tradição de boas presenças na disciplina (apenas uma vez, em 2016, Portugal não teve um representante nos obstáculos), principalmente pela 'herança' do seu treinador, José Regalo, nono classificado na Alemanha (Estugarda), em 1986.
A prova de 1.500 metros femininos conta com Marta Pen, uma corrida em que terminou na quinta posição da final em Amesterdão, há dois anos, e que poderá melhorar.
Depois, há mais dois atletas que já conquistaram medalhas em Europeus e podem repetir o feito: João Vieira, que é o atleta masculino com mais presenças (cinco) e que foi medalha de prata em 2010 e de bronze em 2006, ambas na distância de 20 km marcha, e agora aposta muito nos 50 quilómetros, e Tsanko Arnaudov, surpreendente medalha de bronze há dois anos em Amesterdão no lançamento do peso.
Quem nunca ganhou uma medalha em Europeus ao ar livre em toda a sua carreira já gloriosa em Jogos Olímpicos e Mundiais é Nelson Évora, que tem estado sempre no topo das listas mundiais e que é referido em todos os comentários europeus e mundiais.
Na prova do triplo vão marcar presença quatro atletas que já estiveram na luta pelas medalhas há 12 anos (2006) - o italiano Fabrizio Donato (41 anos, completa os 42 no dia 14 de agosto, dois dias depois dos Europeus), o britânico Nathan Douglas (35 anos), o romeno Marian Oprea (36 anos) e Nelson Évora, o mais novo (34 anos)!
Outro dos nome que consta da lista de favoritos é o de Inês Henriques. A ex-recordista mundial dos 50 km parte numa boa posição, com uma preparação muito cuidada, que aponta para a luta pelo pódio.
Depois, há vários atletas que podem chegar às finais, como o saltador com vara Diogo Ferreira, o lançador do peso Francisco Belo, , a lançadora do disco Irina Rodrigues e a marchadora, Ana Cabecinha.
Portugal já obteve 34 medalhas no seu historial de participações em Campeonatos da Europa de Atletismo, que regressam à Alemanha, desta feita em Berlim, depois de Estugarda, em 1986, e de Munique, em 2002.
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