A portuguesa Lorene Bazolo reconfirmou hoje a marca de qualificação para os Mundiais de atletismo em pista coberta de 2022, ao correr em 7,29 segundos os 60 metros da prova extra dos Nacionais de clubes, mas esperava mais.
Em Pombal, depois de ter vencido a prova de 60 metros da competição de clubes em 7,32 segundos, a recordista nacional dos 100 e 200 metros repetiu o mínimo para os campeonatos do mundo ‘indoor’, que vão ser disputados entre 18 e 20 de março, em Belgrado.
Lorene Bazolo já tinha assegurado a qualificação no ano passado, tendo repetido hoje, numa prova extra, a marca de 7,29 que tinha alcançado duas vezes no ‘meeting’ de Mondeville, em França, no passado dia 09 de fevereiro.
“Esperava melhor, sinto que houve coisas que tecnicamente não correram bem, mas a marca está lá e sinto que vou conseguir. Vou trabalhar e continuar a acreditar porque, pelo menos nos campeonatos do mundo, acho que vou chegar ao nível que quero, que é bater o meu recorde pessoal”, afirmou, em declarações à agência Lusa, a velocista do Sporting, que tem como melhor marca os 7,27 alcançados em 2018.
O também velocista do Sporting Carlos Nascimento aproximou-se da marca de qualificação para os Mundiais, ao correr a distância de 60 metros em 6,70 segundo, na prova extra, depois de ter vencido a prova dos Nacionais, em 6,75.
“Fiquei satisfeito por ter conseguido abrir a jornada com uma vitória para o meu clube, espero que seja uma boa alavanca para os restantes atletas. Em relação à marca, fico satisfeito, mas espero que, entretanto, a marca saia para estar nos Mundiais, que é o objetivo para o qual estou a trabalhar”, explicou Carlos Nascimento, depois de ter ficado a sete centésimos de segundo da marca de apuramento (6,63).
Um pouco mais distante das marcas de qualificação ficaram as atletas do Sporting Salomé Afonso e Evelise Veiga, nos 1.500 metros e no salto em comprimento, respetivamente.
“Tem sido um desafio mental muito grande, sinto que tenho a marca nas pernas, mas, por algum motivo, não tenho conseguido. Correu como esperado, assegurar a vitória para o clube e, a partir de agora, o foco é único: alcançar os mínimos (4.09,00)”, assumiu Salomé Afonso, após ter corrido os 1.500 em 4.22,30 minutos.
A saltadora ‘leonina’ Evelise Veiga também venceu a prova do Nacional, com 6,54 metros, a quatro centímetros do seu melhor registo de sempre e a 26 do ‘passaporte’ para Belgrado (6,80).
“Em primeiro lugar devemos dar o máximo pelo clube. Depois de ter garantido a maior pontuação possível, arrisquei à procura dos mínimos. Não é uma marca fácil, mas, estando sempre tão regular nos 6,50 e 6,60, sinto que estou a valer muito mais do que isso e têm mostrado que é possível”, assumiu Evelise Veiga.
Já com a qualificação assegurada para os 1.500 metros, Isaac Nader assumiu ter-se limitado a vencer a distância na competição de clubes, em 4.01,14 minutos, sem pensar em tempos.
“Aos primeiros 200 metros já íamos demasiado lentos, depois meti um ritmo confortável, só para ganhar, que era o objetivo. As minhas marcas têm sido boas e penso que podiam ser melhores, nem que seja menos 60 ou 70 centésimos para conseguir 3.35 minutos. Quem sabe se não vai sair nos Mundiais”, realçou o atleta do Benfica, que tinha confirmado mínimos no dia 08, em Sabadell, em Espanha, ao correr a distância em 3.36,50.
Na 29.ª edição dos Nacionais de clubes em pista coberta, o Sporting procura revalidar os títulos conquistados em 2021, quando somou o 26.º no feminino e o 18.º no masculino, após três vitórias seguidas do Benfica, que conta 10 triunfos e desistiu da competição em 2021.
Sem a rivalidade ‘encarnada’ no feminino, o Sporting tem praticamente certo o 12.º triunfo seguido neste setor – no qual só foi batido em 2010 pelo FC Porto e em 1994 pelo Benfica –, ao somar 54 pontos após a primeira jornada, contra 39 do Sporting de Braga e 33 da ACD Jardim da Serra.
No setor masculino, os 'encarnados' terminaram o primeiro dia na liderança, com 44 pontos, mais 10 do que o rival.
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