O fenómeno sueco assegurou a medalha de ouro com um salto a 6,10, num concurso imaculado, no qual o filipino Ernest John Obiena acompanhou Duplantis até aos seis metros, derrubando depois a fasquia, uma vez aos 6,05 e duas a 6,10.
Com o título assegurado, o sueco, de 23 anos, apontou aos 6,23, um centímetro mais do que o que conseguiu em 25 de fevereiro último, na pista coberta, em Paris, juntando mais este ouro ao título olímpico de Tóquio2020, aos títulos de campeão do mundo, de 2022 e 2023 ao ar livre, e 2022 ‘indoor’.
O norte-americano Christopher Nilsen e o australiano Kurtis Marschall partilharam a medalha de bronze, com saltos a 5,95.
A outra ‘estrela’ da noite foi o norte-americano Noah Lyles, que conquistou na capital húngara o estatuto de rei da velocidade, com os cetros nos 100 e 200 metros, aos quais juntou hoje o triunfo nos 4x100. Os Estados Unidos fizeram a ‘dobradinha’ nestas estafetas, com Sha'Carri Richardson a ‘bisar’, juntando este ao ouro dos 100.
Em 37,38 segundos, Lyles fechou a estafeta, à frente da Itália, do campeão olímpico Marcell Jacobs (37,62), e da Jamaica (37,76), ao somar o seu sexto título mundial – arrebatou a primeira medalha de ouro nos 100, a terceira nos 200 e a segunda na estafeta, sendo o primeiro a reeditar os triunfos individuais nos sprints desde o jamaicano Usain Bolt em 2015.
No feminino, com Richardson, que ainda conquistou a medalha de bronze nos 200, as norte-americanas impuseram-se em 41,03 segundos, com novo recorde dos Mundiais, à frente da Jamaica, de Shelly-Ann Fraser-Pryce, que somou a 16.ª medalha, 11 delas de ouro, e Shericka Jackson (41,21), e da Grã-Bretanha (41,97).
No lançamento do peso, com Auriol Dongmo a ficar fora do pódio, no desempate com a chinesa Gong Lijiao, que somou o oitavo pódio seguido, com 19,69, a norte-americana Chase Ealey conservou o título conquistado em Oregon2022, ao lançar a 20,43 metros, impondo-se à canadiana Sarah Mitton, segunda, com 20,08.
A queniana Faith Kipyegon arrebatou o título nos 5.000 metros, depois de já o ter feito nos 1.500, concluindo a distância em 14.53,88 minutos, batendo a sua grande rival, a neerlandesa Sifan Hassan (14.54,11), e a sua compatriota Beatrice Chebet, terceira (14.54,33).
Aos 29 anos, Kipyegon, bicampeã olímpica dos 1.500, reeditou hoje o feito do norte-americano Bernard Lagat, que, em Osaka2007 tinha conquistado os dois títulos em Campeonatos do Mundo, num ano em que já bateu três recordes do mundo (dos 1.500, dos 5.000 e da milha).
Sifan Hassan, que tinha investido em três provas em Budapeste2023, chegou hoje à prata, depois de ter ficado pelo bronze nos 1.500 e de ter caído nos 10.000, ficando afastada da luta pelo pódio.
Nos 800 metros, o canadiano Marco Arop conquistou o seu primeiro título de campeão do mundo, em 01.44,24 minutos, à frente do queniano Emmanuel Wanyonyi (01.44,53), medalha de prata, e do britânico Ben Pattison (01.44,83), bronze.
Depois do terceiro lugar nos Mundiais disputados em Eugene, nos Estados Unidos, Arop segurou a medalha de ouro, beneficiando da ausência do campeão em título, o queniano Emmanuel Korir, que ficou afastado da final.
O decatlo chegou hoje ao fim, coroando o canadiano Pierce LePage, que, com 8.909 pontos, subiu do pódio em Oregon2022 ao primeiro lugar, à frente do seu compatriota Damian Warner, atual campeão olímpico (8,804).
O granadino Lindon Victor, com 8,756, terminou no terceiro posto a classificação de provas combinadas, cujo ‘elenco’ ficou desfalcado do francês Kevin Mayer, que desistiu de defender o título na sexta-feira, após duas provas, devido a uma lesão no tendão de Aquiles da perna esquerda.
A abrir o penúltimo dia dos 19.ºs Mundiais, Amane Beriso Shankule venceu a maratona feminina, em 2:24.23 horas, impondo-se à sua compatriota Gotytom Gebreslase, campeã em Oregon2022, por 11 segundos, enquanto a marroquina Fatima Ezzahra Gardadi terminou na terceira posição, a 54.
Os Estados Unidos, com 27 medalhas (11 de ouro, oito de prata e outras tantas de bronze), dominam o medalheiro, agora seguidos por Canadá e Espanha, com quatro ouros cada, aos quais os canadianos juntam ainda duas pratas, e da Jamaica, com três (num total de 11).
Os Mundiais Budapeste2023 encerram no domingo, com mais oito finais, a começar pela maratona, às 07:00 locais (06:00 em Lisboa), e uma sessão noturna, no Centro Nacional de Atletismo, com as provas femininas de salto em altura, 800 metros e 3.000 obstáculos e os 4x400 e as masculinas de lançamento do dardo, 5.000 metros e 4x400.
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