Um forte ataque na descida para Marina de Ascea, nos últimos quilómetros da terceira etapa da Volta a Itália em bicicleta, permitiu ao italiano Luca Paolini (Katusha) uma vitória isolado e a conquista da camisola rosa.
O novo líder do "Giro" chegou 17 segundos à frente de um primeiro grupo e bonificou 20 segundos na meta da ligação entre Sorrento e Marina de Ascea, tempo mais que suficiente para saltar para a frente da classificação, tanto mais que o anterior líder, o italiano Salvatore Puccio (Sky), perdeu o contacto com os homens da frente numa das subidas do dia.
A etapa, de 222 quilómetros, percorreu a costa Amalfitana, no sul, e era de didiculdade mediana, com duas subidas de segunda e terceira categoria no programa, San Mauro de Cillento e Sella de Catona.
Nada de decisivo, mas o suficiente para alguns atrasos, como Puccio e os principais "sprinters", e para uma vitória ao estilo de uma "clássica".
Paolini, um veterano de 36 anos, sem grande currículo - apenas uma etapa na Volta a Espanha -, desferiu o golpe decisivo na descida, não apoquentando muito os favoritos. Terminou a etapa em 5:43.50 horas e parte na terça-feira vestido de rosa.
Na luta pela vitória final do "Giro", o australiano Cadel Evans (BMC) amealhou algum tempo, já que também bonificou, mas apenas 12 segundos.
No mesmo grupo de Evans vinha o britânico Bradley Wiggins (Sky), oitavo, que subiu a segundo da geral, a 17 segundos de Paolini.
A Garmin, do canadiano Ryder Hesjedal, o vencedor de 2012, controlou no essencial a etapa nas subidas, que serviram para o seu chefe-de-fila ensaiar alguns ataques e ver como reagiam os adversáros. Terceiro na etapa, Hesjedal é sétimo da geral, a 34 segundos.
Entre os portugueses, Bruno Pires (Saxo-Tinkoff) foi o primeiro a cruzar a linha, 39.º, seguido por Tiago Machado (RadioShack), 56.º, ambos a 1.52 minutos do vencedor. Ricardo Mestre (Eukaltel), 89.º, e Nélson Oliveira (RadioShack), 115.º, chegaram a 8.27.
Tiago Machado é o 46.º da geral (a 2.36), Bruno Pires o 66.º (3.29), Ricardo Mestre o 109.º (9.29) e Nélson Oliveira o 120.º (10.33).
Na terça-feira, o "Giro" vai de Policastro a Serra San Bruno, 246 quilómetros de média montanha, na região da Calabria. A segunda mais longa etapa da Volta a Itália deverá ser seletiva e reduzir o primeiro pelotão a cerca de duas dezenas de elementos.
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