O ciclista colombiano Nairo Quintana (Movistar) acredita que o traçado da Volta a França de 2015, hoje apresentado, se adequa às suas caraterísticas, “pelo menos no papel”.
“Este Tour é bom para mim, pelo menos no papel. Poucos quilómetros de contrarrelógio, muita montanha, é um traçado que se adapta a mim. A única coisa que me inquieta são os troços de pavé, porque não podemos ganhar a prova aí, mas podemos perder”, resumiu o segundo classificado e melhor jovem da edição de 2013.
Ausente da “Grande Boucle” deste ano, depois de ter conquistado a camisola rosa na Volta a Itália, Quintana assumiu que as oito chegadas em alto jogam a seu favor e que, apesar de não conhecer a planificação da próxima temporada, quer escolher as competições para estar a 100 por cento no Tour.
"Não tenho receio do contrarrelógio por equipas. Já demonstrámos que conseguimos sair-nos bem”, recordou Quintana.
O seu colega na Movistar Alejandro Valverde mostrou-se surpreso pela escassez de quilómetros de contrarrelógio e também pela menor quilometragem das etapas de montanha, considerando que o 102.º Tour se assemelha às anteriores edições da Volta a Espanha.
“Já o disse muitas vezes: o meu lugar é no Tour, ainda mais quando o percurso favorece o Nairo. Penso que podemos fazer uma boa dupla”, acrescentou o quarto classificado da edição da prova francesa deste ano.
O vice-campeão em título, o francês Jean-Christophe Péraud, preferiu afastar a pressão, dizendo que, apesar do Tour2015 ser próprio para trepadores, dificilmente repetirá o segundo lugar.
“Parece-me complicado. Há corredores que vão estar, como o [Alberto] Contador, o [Chris] Froome, o Quintana, e o [Vincenzo] Nibali. Alcançar esse feito todos os anos é difícil. Está longe de estar ganho, mas é preciso estar na batalha”, destacou.
Thibaut Pinot (FDJ.fr), terceiro em 2014, reconheceu que o percurso montanhoso pode ser benéfico para si. “É um traçado montanhoso, com um único contrarrelógio, de menos de 15 quilómetros. Para os trepadores é melhor ter um percurso sem um verdadeiro ‘crono’. Eu já terei muito de fazer com duas etapas difíceis nos Pirenéus [Pierre-Saint-Martin e Plateau de Beille] e os Alpes, com a chegada ao Alpe d’Huez”, disse o francês, citado pelo jornal L’Équipe.
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