A seleção angolana de futsal despediu-se hoje do Mundial2024, com uma derrota frente à vice-campeã mundial Argentina, por 9-5, o terceiro desaire em outros tantos jogos, numa prestação “em crescendo” que deixa boas perspetivas de futuro.
“Mesmo quando algumas pessoas desconfiam do que estamos cá a fazer, é deixá-los jogar e desfrutar. Os jogadores estão tranquilos comigo, porque sabem que tudo o que correr mal é culpa do ‘mister’, por isso estão à vontade para jogar, competir e dar este espetáculo. Apesar da diferença de golos, acho que deixámos uma excelente imagem. Foi em crescendo e é pena não haver mais jogos, porque acredito que, no próximo, se calhar, conseguiríamos esses três pontos”, expressou o selecionador, Marcos Antunes.
No final da partida, na zona mista da Humo Arena, em Tashkent, o treinador português salientou que, a nível qualitativo, o balanço é positivo, embora os objetivos delineados não tenham sido alcançados, após dois desaires com Afeganistão (6-4) e Ucrânia (7-2).
“Tinha uma expectativa mais alta do que poderíamos fazer, mas o que fica sempre é a última imagem e o que podemos fazer no futuro. Há um trabalho muito grande a fazer agora em Angola, sobretudo reorganizar as provas e trazer mais provas e mais miúdos para esta modalidade. Isso é um trabalho de nação que temos de continuar a fazer e a continuar a espalhar o nome de Angola, porque hoje foi claro que toda a gente no mundo já conhece Angola no futsal”, expressou ainda o português, de 48 anos.
A entrada face à vice-campeã mundial foi personalizada, com dois golos nos primeiros dois minutos numa surpresa total, estando a vencer por 2-0 e 3-1, antes da reação sul-americana, com Marcos Antunes a apontar como objetivo ser uma referência africana.
“Até 2028, é enigmático o que será feito deste projeto e quem estará à frente, mas as bases estão lançadas, já há uma sustentabilidade forte e é inegável o reconhecimento internacional. Não tivemos vitórias, mas o nome de Angola percorre todo o mundo. O pavilhão esteve a gritar por Angola, porque temos um jogo apaixonante. Não adianta estarmos a preconizar grandes futuros se não olharmos para a parte continental. Nós temos o objetivo de ser os melhores de África. Depois, é sonhar com o resto”, realçou.
Este foi o segundo Mundial consecutivo da seleção angolana de futsal, continuando à procura de um primeiro triunfo histórico, depois da participação na Lituânia também se ter resumido a três desaires contra o Japão (8-4), o Paraguai (4-1) e a Espanha (4-1).
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