O canoísta Fernando Pimenta assumiu hoje que fez “tudo para ouvir o hino nacional” português durante os Europeus, conseguindo-o com a conquista da medalha de ouro em K1 5.000 metros, no seu terceiro pódio na Hungria.

“Fiz tudo para conseguir ouvir o hino nacional. Não fiquei triste com o bronze [em K1 1.000] - até uma parte da prova fiz o que queria, mas na outra podia ter dado mais um pouco -, porém saio contente. Agora sabia que tinha grandes candidatos a lutar pelo título. Andei muito tempo a liderar, sofri muitos ataques… no entanto, foi gerir e sentir-me bem na ultima volta. Tentei não dar hipóteses e consegui”, regozijou-se o português, em declarações à Lusa.

O seu terceiro título europeu nesta distância, depois de 2016 e 2022, foi conseguido em 20.26,749 minutos, impondo-se ao húngaro Ádám Varga, vice-campeão em K1 1.000 em Tóquio2020, segundo classificado, a 0,541 segundos, e ao dinamarquês Mads Brandt Pedersen, atual campeão do mundo em K1 5.000, terceiro, a 0,685.

Pimenta voltou a conseguir o pleno de presenças no pódio nas provas em que alinhou, assumindo ficar “feliz” uma vez que, conclui: “Infelizmente, um dia isto vai acabar”.

“Tenho de desfrutar de cada prova como se fosse a última. Foi o que o fiz agora. Fi-lo ao máximo, dei um grande espetáculo e honrei Portugal e os portugueses. É continuar o trabalho que tenho feito com o me treinador [Hélio Lucas] e acreditar que tudo é possível.

Em todas as competições em que participou, Fernando Pimenta subiu ao pódio, desempenho que pretende manter em agosto no principal objetivo do ciclo olímpico, em Paris2024.

“É prosseguir o trabalho, muito focado no que temos de fazer, ser feliz com o que faço, sobretudo desfrutar deste sucesso. Se vou fazer o pleno ou não, não sei”, admitiu.

Pimenta confesso ainda o “orgulho” pelo facto deste fim de semana ter sido, várias vezes, apelidado de ‘lenda’ da canoagem, precisamente no país mais forte do mundo nesta modalidade.

O ouro em K1 5.000, a prata nos 500 e o bronze nos 1.000 metros de Fernando Pimenta juntam-se na seleção de Portugal ao ouro de Iago Bebiano e Kevin Santos, em K2 200, o mesmo metal que o paracanoísta Norberto Mourão conseguiu na classe adaptada de VL2.