O único candidato à Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), Pedro Flávio, foi eleito por unanimidade e tem como um dos objetivos levar mais atletas e mais modalidades aos Jogos Olímpicos de Inverno Milão-Cortina d’Ampezzo2026.
Vice-presidente da federação liderada durante três mandatos por Pedro Farromba, que vai continuar na direção, Pedro Flávio sublinhou que, além do esqui, representado em Pequim2022 por três atletas, foi “por muito pouco” que falhou a qualificação de um patinador de velocidade e de um snowboarder, que espera estejam presentes nos Jogos Olímpicos de Inverno a realizar em Itália.
O antigo esquiador covilhanense, de 46 anos, adiantou existir a expectativa de tentar também a qualificação de um atleta de patinagem artística no gelo e de uma equipa de duas pessoas no bobsleigh.
“Temos como objetivo levar mais modalidades e mais atletas”, disse, à agência Lusa, o novo presidente da FDIP, eleito hoje em assembleia geral extraordinária eleitoral, na sede do organismo, na Covilhã.
Pedro Flávio adiantou ter existido uma reunião com o Instituto Português do Desporto e Juventude para definir o próximo programa de preparação olímpica, mas acrescentou que a federação vai começar, antes de esse acordo estar rubricado, a apoiar de imediato diretamente os atletas identificados.
Segundo Pedro Flávio, desde 2010 na direção da FDIP e há oito anos na vice-presidência da estrutura, foi feito um “trabalho de credibilização” junto de organismos nacionais e internacionais a que é necessário “dar continuidade”, com conhecimento dos dossiers, para permitir o desenvolvimento das modalidades de neve e de gelo que a federação tutela.
Para o novo presidente, este “é um projeto de continuidade, de estabilidade e também de novos desafios”.
A prioridade é o “investimento nos atletas, nos clubes e nas infraestruturas”.
“Ambicionamos a captação de mais atletas, a obtenção de melhores resultados, porque se conseguirmos criar melhores condições para os atletas treinarem, para os atletas poderem participar em mais competições, os resultados acabam por surgir”, enfatizou Pedro Flávio, em declarações à agência Lusa.
Mas a nova direção, onde se mantêm três elementos e entraram três novos rostos, pretende também “apostar na formação, quer de treinadores, de juízes” e de elementos da estrutura, para darem melhor resposta ao “aumento exponencial” de gente envolvida nas atividades desportivas depois da inclusão dos desportos de gelo.
A FDIP, que tutelava as disciplinas de esqui e snowboard, passou no último mandato, de quatro anos, a ter sobre a sua alçada a patinagem de velocidade no gelo e artística, o hóquei no gelo, o curling e as modalidades de trenó, como o bobsleigh, o skeleton ou o luge.
Para Pedro Flávio, é “fundamental a estabilidade” do projeto seguido nos últimos anos, porque “a estabilidade na gestão leva a uma estabilidade financeira, também em termos de reconhecimento das entidades com quem” a federação trabalha e da capacidade da mesma.
Pedro Flávio salientou existir uma aposta em criar condições para que os atletas a residirem no país se revelem e possam evoluir, mas frisou a intenção de continuar a procurar talentos junto da diáspora, em países onde as comunidades portuguesas têm expressão e a prática de desportos de inverno está disseminada.
“O nosso objetivo é que a federação continue a crescer, que consigamos concretizar alguns dos projetos que tínhamos em mãos e que não conseguimos ainda implementar, pela sua complexidade e pela necessidade de investimento, concretizar alguns projetos novos e continuar a evoluir e a melhorar a prática desportiva e os resultados desportivos”, sintetizou o sucessor de Pedro Farromba na presidência da Federação de Desportos de Inverno.
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