Uma das novidades da 50ª edição do Rali de Portugal, que já está na estrada, é a possibilidade de, no domingo, os carros da competição parquearem no centro de Fafe e assim poderem ser observados pelos apreciadores.
"Será uma boa oportunidade para aqueles que não vão aos troços poderem ver os carros que mais gostam", assinalou Raul Cunha, presidente da autarquia local.
Segundo o autarca, o parque acontecerá na Praça das Comunidades e vai ser uma realidade porque este ano há uma diferença horária maior entre as duas passagens do rali pelo troço de Fafe, com a primeira prevista para as 09:08 e a segunda para as 12:08. Pelo meio há uma passagem pelo troço de Vieira do Minho, 10:04.
Nesse intervalo haverá lugar a um reagrupamento no centro da cidade de Fafe, entre as 11:15 e as 11:45.
Além dos carros da prova, os espetadores poderão observar naquela praça quase duas dezenas de viaturas clássicas, algumas das quais chegaram a participar no rali nas décadas de 80 e 90, para além de alguns exemplares do museu automóvel da cidade.
Raul Cunha vinca a importância desta alteração, ao permitir aproximar, ainda mais, o ambiente da prova a coração de uma cidade que tanto fez para que o rali pudesse voltar ao norte.
A propósito, o presidente reafirmou a "ousadia" do concelho quando, há alguns anos, aceitou o desafio do Automóvel Clube de Portugal (ACP) para realizar em Fafe uma prova espetáculo (Fafe Rally Sprint), que foi transmitida para todo o mundo, o que veio a revelar-se determinante para o regresso do rali ao Norte do país.
Raul Cunha lembrou que a aposta foi feita pelo anterior executivo, liderado por José Ribeiro.
Para o autarca, o desafio serviu para mostrar duas coisas: "Que a falta de Fafe no Rali de Portugal era insuperável e que o público do norte sabe ver rali e é capaz de encher as serras de Fafe, com civismo e segurança".
Durante três anos, o município de Fafe suportou, sozinho, todas as despesas daquela prova de demonstração que se realizava no domingo anterior rali de Portugal disputado no sul do país, um esforço financeiro "assinalável", segundo o presidente da Câmara.
"Numa época que coincidiu com o pico da austeridade e da crise económica e financeira, foi preciso ter alguma saúde financeira e visão estratégica da importância que esta prova tinha, não só para o município, mas também para este tipo de desporto", assinalou.
Fafe acolhe, no domingo, duas passagens pelo seu troço da Lameirinha, incluindo o ‘power stage’, que encerra a competição. Como aconteceu no ano passado, são esperadas muitas dezenas de milhares de espetadores nas cinco zonas espetáculo definidas pela organização.
Os dois saltos e a zona do Confurco, pela espetacularidade que proporcionam, deverão concentrar o maior número de adeptos.
Em 2015, de acordo com o presidente com a autarquia, passaram por Fafe mais de 150.000 pessoas.
O facto de 'Power Stage' ter transmissão televisiva para todo o mundo é um elemento que o autarca não se cansa de evidenciar, sobretudo por representar um "poderoso veículo de promoção do concelho e da região, com grande retorno na economia local".
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