A lesão no ombro direito sofrida em 25 de agosto impediu Miguel Oliveira (KTM) de pontuar no Grande Prémio da Tailândia de MotoGP, que consagrou o espanhol Marc Márquez (Honda) como hexacampeão.
O piloto português, que arrancou da 17.ª posição, chegou a passar pelo 13.º lugar logo à segunda volta, mas as últimas voltas foram penosas devido às dores sentidas, descaindo até ao 16.º lugar final, o primeiro sem pontos atribuídos.
Miguel Oliveira acabaria por terminar esta 15.ª prova da temporada a 40,136 segundos do vencedor, Marc Márquez, que conquistou, assim, o sexto título de MotoGP, oitavo do campeonato do mundo de velocidade.
O piloto espanhol, natural de Cervera, na Catalunha, precisava apenas de conquistar dois pontos ao italiano Andrea Dovizioso (Ducati) mas a vitória no circuito internacional de Chang foi mais do que suficiente para fazer a festa, até porque o italiano não foi além do quarto lugar, a 11,218 segundos do novo campeão.
Márquez assegurou a vitória na última volta, quando passou o francês Fabio Quartararo (Yamaha), que liderava desde o arranque, aguentando o ataque do gaulês na derradeira curva.
"Planeei o fim de semana para vencer a corrida, sem me importar com o campeonato. Estudei-o para a última volta. Foi um ano fantástico. Agora é altura de festejar", disse Márquez, no final.
Quartararo, estreante na classe rainha, não escondeu a frustração por ter perdido uma corrida pela terceira vez este ano, mas mostrou-se "orgulhoso" por ter "lutado" com o seu ídolo "na última curva".
A corrida teve pouca história até à última volta. Márquez ultrapassou o compatriota Maverick Viñales (Yamaha) logo na partida e foi o único a seguir o ritmo de Quartararo, que ultrapassou na última volta.
Já Miguel Oliveira fez um bom arranque e rapidamente chegou a 13.º à segunda volta. Viria, nessa altura, a ser ultrapassado pelo espanhol Pol Espargaró (KTM), com quem manteve uma intensa luta até que o ombro deu de si.
"Foi uma boa corrida. O meu ritmo foi muito forte mas a partir do meio da prova comecei a debater-me com o ombro. Faltava-me força e não conseguia travar tão tarde como gostaria para ser rápido", explicou o piloto da Tech3.
"Foi uma pena porque o ritmo estava lá. Fiz um bom arranque. Agora tenho de continuar com a recuperação o mais depressa possível. É desapontante que este detalhe traga uma limitação tão grande, mas vou preparar-me da melhor forma para Motegi [palco da próxima corrida, o GP do Japão]", vincou.
Com o 16.º posto, Miguel Oliveira manteve os 29 pontos e os 17.º lugar do Mundial, agora a quatro do italiano Andrea Iannone (Aprilia), que o precede na tabela.
Já Marc Márquez, com os 25 pontos da vitória de hoje, chegou aos 325, mais 110 do que Dovizioso, quando estão apenas mais 100 em disputa nas quatro provas que faltam disputar para o final do campeonato.
A próxima prova, o GP do Japão, decorre de 18 a 20 de outubro.
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