O Rali de Portugal regressa, 18 anos depois, à região Centro e vai manter-se aí “pelo menos nos próximos três anos”, disse hoje, em Coimbra, o presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), Carlos Barbosa.
“Nós viemos para ficar, assim as câmaras [municipais] e a entidade regional Turismo Centro de Portugal queiram, tal o entusiasmo com que fomos recebidos e porque as autarquias fizeram um grande investimento”, afirmou Carlos Barbosa, que falava hoje, na Câmara de Coimbra, na sessão de assinatura do protocolo de apoio à presença da edição deste ano da prova na região, envolvendo o ACP, os municípios de Arganil, Coimbra, Góis e Lousã, e a Agência para o Desenvolvimento das Aldeias do Xisto (ADXTUR).
Para além de 2019, “três anos mais estão garantidos”, disse, recordando ter ainda “quatro anos de mandato”.
Ressalvou, no entanto, que o Rali de Portugal poderá ter de abandonar a região se se vierem a registar “problemas de segurança”.
A falta de segurança ou problemas relacionados com ela, designadamente por os espetadores não cumprirem as regras e indicações das autoridades, como “um incidente mesmo pequeno”, é motivo que pode fazer com que a prova seja retirada, pela federação internacional, não só da região Centro, mas também do país, salientou Carlos Barbosa.
Os investimentos significativos feito pelas câmaras, designadamente na reabilitação de troços de vias e colocação rails de proteção, pela Turismo Centro de Portugal e rede das Aldeias do Xisto, para, 18 anos depois, a prova regressar à região, terão “um retorno quatro ou cinco vezes superior” ao dinheiro aplicado, sustentou Carlos Barbosa, referindo que a realização do rali envolve um custo superior a três milhões de euros.
“O investimento feito terá seguramente um retorno muito superior”, subscreveu o presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, destacando aspetos como o facto de a competição ser acompanhada por mais de uma centena de televisões dos mais diferentes países.
O Vodafone Rally de Portugal 2019, que decorre entre 30 de maio e 02 de junho, tem início em Coimbra, na Alta Universitária, classificada Património Mundial da Humanidade, e passa, na região Centro, pelos concelhos de Arganil, Góis e Lousã, cujos presidentes das câmaras também participaram, tal como o de Coimbra, na sessão de hoje para a assinatura do protocolo.
Os autarcas de Góis e de Arganil, Lurdes Castanheira e Luís Paulo Costa, respetivamente, apelaram para que, em próximas edições, o rali seja alargado a outras áreas da região, designadamente concelhos vizinhos, que também participaram no processo que faz com que a prova regresse ao Centro do país e também estão envolvidos de algum modo na sua organização, pois os reflexos da competição também se irão sentir nos seus territórios.
“Não vai ser fácil alargar [o ralo outras áreas], pois há compromissos com outras câmaras municipais”, reagiu Carlos Barbosa.
“Este tipo de eventos é muito importante para a região”, não só pelos seus efeitos diretos e imediatos, mas também pelas suas repercussões a médio e longo prazo, defendeu o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, afirmando que, por isso mesmo, a região está a trabalhar nesse sentido.
Mas para que o rali, que é um reflexo dessa aposta, possa trazer todas as contrapartidas para a região, é necessário que seja uma festa e que “corra na perfeição, que não haja contratempos” e, portanto, que “ninguém corra riscos e arrisque” (em relação à segurança), apelou.
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