Os surfistas portugueses Francisca Veselko e Frederico Morais garantiram hoje a passagem às respetivas fases do Mundial ISA, em El Sunzal, em El Salvador, enquanto os compatriotas Teresa Bonvalot e Guilherme Ribeiro foram eliminados.
Veselko é a última resistente lusa do quadro principal, e tem mais três baterias até alcançar o 'heat' dos medalhados, mas, se for relegada para as repescagens, o trabalho vai ser ainda maior. Para já, na ronda cinco, vai ter pela frente a francesa Johanne Defay, a australiana Sophie McCulloch e a alemã Rachel Presti.
Por seu turno, Frederico Morais tem de ultrapassar cinco baterias de repescagem para chegar à final das medalhas do quadro masculino, num dia marcado pelas eliminações de Guilherme Ribeiro e Teresa Bonvalot, que se despediram da prova na quinta e sexta rondas, respetivamente, das repescagens.
"Hoje foi o dia da sobrevivência. Infelizmente, perdemos a Teresa e o Guilherme Ribeiro, mas mantemos intactas as hipóteses de qualificar um homem e uma mulher para os Jogos [Olímpicos de Paris2024]. E se hoje foi o dia da sobrevivência, amanhã será o dia das decisões", assinalou em comunicado da Federação Portuguesa de Surf (FPS) o selecionador David Raimundo.
O responsável realçou que, mesmo com as perdas de Bonvalot e Ribeiro, ainda está tudo em jogo no que concerne à conquista de vagas para Paris2024, antecipando as dificuldades que vai trazer o próximo dia de competição.
"Provavelmente, terão de competir duas ou três vezes e o mar vai subir muito, esperando-se ondas de 2,5 a 3 metros. Fisicamente será um desafio, mas é-o desde o início aqui em El Salvador, com muito calor, muita humidade e competindo várias vezes ao dia. É normal que haja algum cansaço", vincou.
A prova apura o melhor surfista masculino e a melhor feminina de cada continente (exceto a América, que usa os Pan-americanos para esse efeito) para os Jogos Olímpicos Paris2024, além de atribuir os títulos mundiais da federação de cúpula da modalidade.
No ano passado, em Huntington Beach, nos Estados Unidos, Portugal terminou no quarto lugar da classificação coletiva, atrás de Estados Unidos, Austrália e França, numa competição em que Guilherme Fonseca chegou à final, terminando no quarto lugar, com a medalha de cobre, enquanto Bonvalot foi sexta, depois de desistir da competição, devido a uma luxação no joelho.
Em 2021, Yolanda Hopkins sagrou-se vice-campeã do mundo e Teresa Bonvalot amealhou a medalha de bronze, levando Portugal ao terceiro lugar e assegurando ambas a qualificação para Tóquio2020, quando alcançaram os quinto e nonos lugares, respetivamente.
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