O tenista Francisco Cabral, parceiro de Nuno Borges no Open da Austrália, destacou hoje a presença história de uma dupla 100% portuguesa nos quartos de final em Melbourne Park, mas já tem no radar umas meias-finais de um Major.
“Foi uma participação excelente. Era um dos objetivos, tendo em conta que já tinha perdido na terceira ronda. Saio deste torneio com mais confiança do que quando cheguei e com vontade de trabalhar para voltar a estar nestas situações. Fizemos história tornando-nos na primeira dupla portuguesa a chegar tão longe, mas o próximo objetivo agora é chegar a umas meias-finais e por aí em diante”, confessa o jogador natural do Porto, em declarações à agência Lusa.
Cabral e Borges, amigos de infância e campeões do Estoril Open de 2022, estrearam-se a jogar juntos no primeiro torneio do Grand Slam da temporada e atingiram os quartos de final, fase da prova em que foram travados pelos italianos Simone Bolelli e Andrea Vavassori, vice-campeões do Open da Austrália e Roland Garros, em 2024, pelos parciais de 6-4 e 7-6 (7-4).
“Foi um encontro decidido nos detalhes, como dá para ver pelo resultado. Um jogo de serviço mal conseguido no início do primeiro ‘set’ ditou um bocadinho o desenrolar do mesmo. No segundo ‘set’ tivemos várias oportunidades, mais do que eles até, mas não conseguimos aproveitar também por mérito deles, que são uma equipa muito boa”, reconheceu o número 76 do mundo na variante de pares.
Depois de se tornarem no terceiro e quarto tenistas nacionais a chegar aos quartos de final de um Major, depois de Nuno Marques (Open da Austrália em 2000) e João Sousa (quartofinalista do Open dos Estados Unidos em 2015, 2019 e 2022 e semifinalista em Melbourne Park em 2019), Francisco Cabral, de 28 anos, e Nuno Borges, eliminado na terceira ronda de singulares, vão se juntar a Jaime Faria, Henrique Rocha e Frederico Silva no Jamor, onde a seleção nacional de ténis vai preparar a eliminatória da Taça Davis com a congénere do Mónaco.
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