Rafael Nadal e Sloane Stephens iniciam na segunda-feira a defesa dos respetivos títulos do US Open, o quarto torneio do 'Grand Slam' de ténis, a disputar em Nova Iorque, cujos principais favoritos são jogadores da 'velha guarda'.
O espanhol Rafael Nadal vai tentar erguer o troféu pela quarta vez, após os êxitos em 2010, 2013 e 2017, e manter assim a liderança do 'ranking' ATP em Flushing Meadows, onde Roger Federer e Novak Djokovic são teoricamente as maiores ameaças.
Além de ter calhado numa metade do quadro menos congestionada em termos de favoritos, no qual poderá encontrar o 16.º cabeça de série Kyle Edmund nos oitavos de final, o sul-africano Kevin Anderson nos quartos de final, numa reedição da final do ano passado, ou o argentino Juan Martin del Potro, campeão em 2009, nas meias-finais, Nadal chega a Nova Iorque motivado e revigorado física e mentalmente.
Esta temporada, o maiorquino de 32 anos conquistou cinco títulos ATP - Monte Carlo, Roma, Barcelona, Roland Garros e Toronto - e optou por não jogar em Cincinnati na última semana, por forma a descansar e preparar, já em Flushing Meadows, a defesa do título do 'major' dotado de 34 milhões de euros em prémios. Em caso de vitória, Rafael Nadal conquista um 'Grand Slam' pela 18.ª vez.
Entre os principais adversários surge o número dois mundial, Roger Federer, que venceu três troféus esta temporada (Open da Austrália, Roterdão e Estugarda), em oito torneios jogados, e é o único jogador com possibilidades de voltar a reassumir a liderança da hierarquia mundial, por troca com Rafael Nadal.
Para tal, o suíço terá de vencer e o espanhol perder antes das meias-finais. A missão, contudo, não se perspetiva fácil, já que o helvético, de 37 anos, tem um quadro teoricamente mais complicado.
Apesar da estreia frente ao esquerdino japonês de 22 anos (177.º ATP), Yoshihito Nishioka, o suíço poderá enfrentar os sempre imprevisíveis Nick Kyrgios e Fabio Fognigni ou Hyeon Chung nas terceira e quarta rondas, respetivamente. Uma vez ultrapassados esses 'obstáculos', a barreira seguinte estará em Novak Djokovic, embalado pelas recentes conquistas em Wimbledon e Cincinnati.
A favor de Roger Federer jogará, contudo, o facto de se apresentar livre de problemas físicos, algo que não se verificou no ano passado e em 2016, quando falhou a prova por lesão, e o peso da história com 20 títulos de 'Grand Slam', cinco dos quais alcançados no US Open (2004, 2005, 2006, 2007 e 2008).
Já Novak Djokovic, mesmo na sexta posição mundial, tem jogado a um nível cada vez mais próximo daquele que o levou em 2016 a tornar-se no oitavo jogador da história a alcançar o 'Grand Slam' de carreira, vencendo, pelo menos uma vez, os quatro 'majors'.
E a recente final em Cincinnati, ganha diante de Federer, comprovou isso mesmo, com o sérvio e bicampeão do US Open (2011 e 2015) a dilatar de novo o registo de vitórias em duelos diretos com o suíço (24-22), ao mesmo tempo que se tornou no primeiro tenista da história a vencer todos os torneios Masters 1.000, completando assim o 'Golden Masters'.
Nas últimas 14 edições do US Open apenas quatro jogadores quebraram a hegemonia de Nadal, Federer e Djokovic, na sequência dos desempenhos vitoriosos de del Potro em 2009, do britânico Andy Murray em 2012, do croata Marin Cilic em 2014 e do suíço Stan Wawrinka em 2016.
Na competição feminina, e também por jogar em casa, a campeã em título Sloane Stephens reparte naturalmente o favoritismo com Simona Halep, Angelique Kerber e Serena Williams.
Desde o triunfo frente a Madison Keys em Flushing Meadows no ano passado, a norte-americana e terceira cabeça de série ganhou o Miami Open, no último mês de março, e perdeu as finais de Roland Garros e Montreal para a romena Halep, que poderá encontrar nas meias-finais do US Open.
A confirmar-se, será o terceiro confronto das duas em meias-finais esta temporada, com a líder mundial Halep a chegar a Nova Iorque com três títulos conquistados este ano (Shenzen, Roland Garros e Montreal) e outras três finais disputadas, no Open da Austrália, Roma e Cincinnati.
Com uma estreia já a prometer dificuldades frente a Kaia Kanepi, número 44 mundial e quarto-finalista o ano passado no US Open, o quadro da romena de 26 anos não se adivinha fácil, estado em perspetiva um reencontro com Serena Williams na quarta ronda e, em caso de vitória, com a checa Karolina Pliskova, oitava cabeça de série, nos quartos de final.
A antiga líder mundial Serena Williams, por sua vez, apesar de continuar num regresso à melhor forma depois de ter sido mãe há precisamente um ano, beneficia da aura de campeã de 23 'majors' - seis dos quais em Flushing Meadows (1999, 2002, 2008, 2012 e 2013) - e da atribuição das cabeças de série.
E como 17.ª pré-designada evita esbarrar numa das jogadoras do top-8 antes dos oitavos de final, mas não consegue porventura fugir ao confronto com a irmã mais velha Venus Williams, bicampeã do US Open em 2000 e 2001, na terceira ronda.
A alemã Angelique Kerber, de 30 anos, chega a este lote de candidatas consolidada no quarto posto mundial e com dois títulos esta temporada, em Sydney e Wimbledon, onde bateu Serena Williams para voltar a vencer no Grand Slam, depois das vitórias no Open da Austrália e US Open em 2016.
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