O ano de 2024 será o primeiro do Mundial de Fórmula 1 em que começam exatamente os mesmos pilotos que acabaram a temporada anterior.
No entanto, sabe-se já que essa acalmia antecede a tempestade que se antevê para 2025, pois a temporada que arranca este fim de semana, no Bahrain, marca a despedida de vários pilotos das atuais equipas.
Desde logo, o britânico Lewis Hamilton, que se despede da Mercedes, após 12 temporadas, rumando à Ferrari em 2025, ocupando o lugar do espanhol Carlos Sainz, que terá de procurar vaga noutra equipa.
Hamilton persegue, desde 2021, o oitavo título da sua carreira, o que o tornaria no mais titulado da história, superando o alemão Michael Schumacher, com quem está empatado, com sete campeonatos ganhos.
A mudança do britânico para a Ferrari pode produzir um efeito dominó e afetar grande parte das 10 equipas da grelha, até porque são vários os pilotos em final de contrato, nomeadamente o espanhol Fernando Alonso (Aston Martin), que, aos 41 anos, foi uma das sensações do campeonato passado.
O asturiano, campeão mundial em 2005 e 2006, voltou a somar pódios, mas ainda não conseguiu alcançar o 33.º triunfo da carreira, que voltará a tentar este ano.
No entanto, a vantagem do Red Bull RB20, sobretudo aquele pilotado pelo neerlandês Max Verstappen, tricampeão, parece ser, ainda, demasiada para o resto da concorrência.
O piloto dos Países Baixos venceu 19 das 22 corridas da temporada passada (Carlos Sainz foi o único a vencer por outra marca que não a austríaca, em Singapura), conquistando 10 triunfos consecutivos, novo recorde na Fórmula 1.
Aos 26 anos, é o favorito para a conquista de um quarto título consecutivo, igualando o alemão Sebastian Vettel que, entre 2010 e 2013, também conquistou um ‘tetra’ com a Red Bull.
Retirado desde o final de 2022, Vettel tem sido novamente apontado à Fórmula 1, como possível substituto de Hamilton na Mercedes na próxima temporada. Uma vaga à qual concorrem, também, Fernando Alonso ou Carlos Sainz.
Mas se para o próximo ano a dança de cadeiras se prevê movimentada, o ano de 2024 é o primeiro desde o início do campeonato (1950) em que não houve mexidas nos plantéis, com os 20 pilotos a manterem o assento do ano anterior.
O mesmo não se passou na direção das equipas, pois o italiano Gunther Steiner, tornado famoso pelo documentário da Netflix sobre a disciplina, bateu com a porta durante o inverno, sendo substituído pelo japonês Ayao Komatsu.
Apesar de manter as mesmas 10 equipas, a grelha de 2024 apresenta como novidades duas mudanças de nome. A equipa satélite da Red Bull passa a chamar-se VisaCash RB, substituindo a Alpha Tauri (já antes tinha sido Toro Rosso) enquanto a Sauber terminou o acordo com a Alfa Romeo, regressando ao nome antigo.
O campeonato começa no sábado, no Bahrain, terminando apenas em 08 de dezembro, em Abu Dhabu, após 24 corridas, fazendo deste o mais longo de sempre.
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