O secretário de Estado do Desporto alertou para a importância de “perceber o que motivou” a suspensão de um ano aplicada pela Federação Internacional de Judo à federação portuguesa da modalidade.
A FPJ foi notificada na terça-feira da suspensão por um ano, imposta pela Federação Internacional de Judo (FIJ), devido a dívidas ao organismo regulador da modalidade que perfazem 800.000 euros, a cerca de duas semanas do início dos Mundiais, em Budapeste.
A participação dos judocas portugueses nos Mundiais de Budapeste não está em risco, competição na qual os seis judocas lusos podem ter de competir sem a bandeira portuguesa, disse hoje à agência Lusa o presidente da Federação.
Em causa, segundo o mandato emitido pelo DIAP de Loures a que a agência Lusa teve acesso, estarão crimes de tráfico de influência, abuso de poder e peculato, durante o período em que Jorge Fernandes foi presidente.
Jorge Fernandes liderou a FPJ entre janeiro de 2017 e dezembro de 2022, tendo sido destituído em abril de 2023, devido a incompatibilidades ao abrigo do artigo 51 do Regime Jurídico das Federações Desportivas.
No ato eleitoral que decorreu durante a tarde de hoje na sede do Comité Olímpico de Portugal (COP), em Lisboa, Sérgio Pina foi reeleito, com 31 votos, contra 18 de Cachada e oito da lista liderada pelo ex-presidente federativo Jorge Fernandes.
O presidente reeleito lidera a FPJ desde abril de 2023, quando tinha derrotado Cachada, num escrutínio para um mandato parcial e que aconteceu poucos meses depois da destituição de Jorge Fernandes.
A Assembleia Geral eleitoral decorrerá na sede do Comité Olímpico de Portugal, entre as 15:00 e as 18:00, com a votação nas ‘mãos’ de 60 delegados, sendo necessária uma maioria de 31 ou mais para eleição numa primeira volta.
A Assembleia Geral eleitoral decorrerá entre as 15:00 e as 18:00, com a votação nas ‘mãos’ de 60 delegados, sendo necessária uma maioria de 31 ou mais para eleição numa primeira volta.
Na assembleia eleitoral de sábado, Sérgio Pina lidera a candidatura da Lista A, José Mário Cachada da Lista B e Jorge Fernandes da Lista C, e se não existir uma maioria absoluta (mais de metade) haverá uma segunda volta.
Telma Monteiro, a judoca portuguesa mais medalhada de sempre, procura a sexta participação olímpica, o que seria um recorde no desporto feminino português.
Sérgio Pina reagia à denúncia da embaixada da Ucrânia em Portugal, que assinalou que “pelo menos 10” judocas russos com estatuto individual neutro que estão inscritos no evento, em Lisboa, são militares das Forças Armadas da Federação Russa.
Sérgio Pina substituiu na presidência Jorge Fernandes, após este ter sido destituído devido a irregularidades no seu mandato e em litígio com alguns atletas, que chegaram mesmo a fazer uma carta aberta a pedir a sua demissão, o que levou a um período muito conturbado na modalidade.
Também foram apontados factos provados pelo tribunal, na decisão conhecida em meados de fevereiro e entre os quais se inclui o atraso de comunicação dos planos de viagens aos atletas.
Tribunal de Loures desconvocou as eleições de 19 de fevereiro por "ilegalidade da submissão" de candidatura de outros titulares que não o presidente, revelou Jorge Fernandes.
Em comunicado, a lista liderada por José Mário Cachada, que concorre contra o atual presidente destituído, Jorge Fernandes, da lista A, informou que as eleições “foram desconvocadas” na sexta-feira, “às 22:31”.
“O momento do judo, a imagem que está a ser dada para fora por algumas pessoas não será a melhor e eu vou ser destituído. Não estou chateado, não estou mesmo, porque saio com o dever cumprido”, frisou Jorge Fernandes.
“O judo é uma modalidade muito forte no seio da missão olímpica e aquilo que eu espero e aquilo que eu desejo é que, rapidamente, seja encontrado um clima de tranquilidade", afirmou o presidente do COP.
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