Dos 12 detidos no âmbito da Operação Pretoriano, apenas oito aceitaram prestar declarações perante o juiz de instrução criminal do Porto e somente esses se deslocaram hoje ao tribunal, como foi o caso de Fernando Madureira, líder dos Super Dragões.
O dirigente da claque do FC Porto chegou ao início da tarde, já passava das 14:00, numa carrinha celular da PSP, e nas ruas estavam dezenas de pessoas que o receberam com aplausos e cânticos de apoio.
A mulher de Fernando Madureira, Sandra Madureira, vice-presidente dos Super Dragões, não se deslocou ao tribunal, permanecendo na esquadra da PSP de Santo Tirso, uma vez que não pretende prestar declarações.
Os arguidos vão continuar a ser ouvidos pelo juiz durante a tarde.
A Operação Pretoriano levou à detenção de 12 pessoas na quarta-feira, incluindo o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, a mulher, Sandra Madureira, vice-presidente da claque, e dois funcionários do FC Porto - o oficial de ligação aos adeptos, Fernando Saul, e Tiago Aguiar, que trabalha na formação.
Segundo documentos judiciais, a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na assembleia geral do clube, em 13 de novembro, durante a qual se verificaram incidentes, para que fossem aprovadas as alterações estatutárias em votação, “do interesse da atual direção” do FC Porto.
A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que em causa neste processo estão “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação”.
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