Os chineses são conhecidos pelos esquemas de “farming” montados para obter lucros nos videojogos. Todos os jogos em que é possível obter conteúdos que valem dinheiro real são apetecíveis, montando-se estruturas impressionantes como era o caso de mineração de ouro em World of Warcraft através de bots, que era depois vendido em marketplaces não oficiais, para dar o exemplo.

Foram publicadas imagens de uma quinta dedicada ao farming de caixas de Counter-Strike 2, um negócio que dá muitos milhares de dólares de lucros. Com ironia, muitos afirmam que este é um negócio mais lucrativo e menos dispendioso do que minerar criptomoedas. As imagens foram publicadas por Maxim “GabeFollower” Poletaev, um informador russo conhecido por obter fugas de informações relacionados com as novidades que chegam ao famoso jogo competitivo.

Pode-se ver nas imagens a rede com dezenas de computadores, onde jogadores se dedicam a jogar para farmar caixas e outras recompensas que são depois vendidas no próprio Marketplace do Steam. Muitas das contas são mesmo jogados por bots, ou seja, computadores que correm scripts para simular jogadores reais e nas imagens vê-se 10 sessões de jogo a correr em simultâneo. A Valve costuma estar atenta e tem banido contas detetadas que tenham sido criadas para este propósito.

As caixas funcionam como loot boxes, sendo necessário adquirir chaves para as abrir e tentar a sorte de sair skins de armas raras ou stickers especiais. Existem skins de armas que podem valer muito dinheiro, como o exemplo de uma AK-47 que recentemente saiu numa caixa, com um valor estimado em quase 1 milhão de dólares.

GabeFollower denunciou ainda as práticas de um destes sistemas de bots, um developer russo chamado Yuri Fokin. A subscrição mais barata do seu serviço custa 9,9 dólares e já somou cerca de 1,5 milhões de dólares.