Portugal venceu a Eslováquia por 1-0, mas a única boa notícia acaba por ser o resultado. A Equipa das Quinas fez provavelmente a pior exibição da era Martínez, mas tem agora nas mãos a chave de acesso ao Euro2024. A receção a Luxemburgo pode ser decisiva, onde não vai estar Ronaldo.

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Roberto Martínez surpreende com um sistema de dois centrais

Uma surpresa tática em Portugal para encarar a Eslováquia. Pela primeira vez na era Martínez, um sistema de dois centrais e três médios. João Palhinha aparecia um pouco mais atrás e Vitinha juntou-se a Bruno Fernandes. No ataque, era Ronaldo no meio apoiado por Bernardo Silva e Rafael Leão.

"Precisamos de defender bem e compactos e jogar por dentro e por fora", esclareceu o selecionador à Sport TV, ainda antes do encontro. A verdade é que a tentativa de surpreender não surtiu grande efeito e Portugal teve grandes dificuldades a construir na primeira parte. A Eslováquia aproveitou para assustar a baliza de Diogo Costa e só a inspiração individual trouxe o 1-0.

Valeu o aniversariante para esquecer a exibição

Uma primeira parte para esquecer para Portugal. Talvez a pior desde que Roberto Martínez assumiu o comando técnico da Equipa das Quinas.

Logo no primeiro minuto, até parecia que tudo ia ser simples. Numa grande jogada de envolvimento, Diogo Dalot descobriu Vitinha que atirou muito perto da baliza de Dúbravka.

Aos 13 minutos, a primeira grande ameaça da Eslováquia, com várias tentativas sempre resolvidas pela defesa portuguesa. Aos 17 minutos, respondeu a Seleção Nacional por Bruno Fernandes após um erro de Vavro, mas mantinha-se insistentemente o 0-0.

Vivia-se alguma impaciência e as dificuldades em criar jogadas de perigo era notória. Em contrapartida, a Eslováquia ganhava confiança e aproximava-se do golo. Antes do intervalo, Haraslin ameaçou - e de que maneira! O avançado atirou ao poste e foi aí que Portugal acordou.

Aos 43 minutos, o aniversariante Bruno Fernandes fez tudo sozinho e levou a Equipa das Quinas às costas para o 1-0. Era a tranquilidade que se precisava, mas não chegava para o ânimo.

Não mudou muito, apenas o conforto do golo

Uma segunda parte sem grandes motivos para sorrir para Portugal, que apenas se contentou com o golo marcado no final da primeira parte. Aos 50 minutos, João Cancelo tentou fazer tudo sozinho (neste jogo, parecia que era a única forma).

Pouco depois, uma ameaça séria ao empate. Schranz aparece na cara de Diogo Costa, mas atirou cruzado ao lado.

A resposta de Portugal não podia ter sido mais... infeliz. Bernardo Silva coloca a bola na área, Vitinha deixa para Ronaldo que falha na hora de fazer o 2-0. Se tudo corria mal, o internacional português ainda viu o cartão amarelo por ter acertado no guardião adversário. Ronaldo falha assim a receção ao Luxemburgo.

Roberto Martínez não quis esperar mais e lançou Nélson Semedo, Pedro Neto e Otávio. Antes do apito final, destaque para uma nova tentativa de dilatar a vantagem por Ronaldo, mas novamente negada por Dúbravka.