Rui Patrício tem andado afastado dos holofotes desde que De Rossi assumiu o comando técnico da Roma e deu a titularidade a Svilar, relegando o guarda-redes português para o banco de suplentes. Ora isto podia ter amargurado o campeão da Europa por Portugal, que foi titular da Selção Nacional na última década, mas Patrício mostrou que está acima disso.

Ontem, após o empate da Roma com o Leverkusen (2-2), que deixou os romanos de fora da final da Liga Europa, o português foi o primeiro a consolar o colega de posição, que errou no primeiro golo dos germânicos. Essa atitude não passou despercebida em Itália e o 'Corriere dello Sport' revelou a forma como o guardião, de 36 anos, viveu o jogo.

Segundo a publicação italiana, Rui Patrício foi um verdadeiro "adepto dentro de campo", tendo sido o primeir a aplaudir Svilar após o falhanço. No final da partida, dirigiu-se ao colega, de 24 anos, para lhe dizer algo ao ouvido, abraçá-lo e acompanhá-lo até ao túnel de acesso aos balneários.

Um jogador com um currículo tão preenchido podia ficar amargurado por ser afastado da titularidade, mas, se havia dúvidas, ontem o português dissipou-as, levando mesmo os italianos a considerarem-no "um cavalheiro".

"O guarda-redes português, de 36 anos, foi um grande número um, agora De Rossi colocou-o no banco e ele está na fase final da carreira. Mas também está a provar ser um homem especial. E todos em Trigoria [centro de treinos da Roma] sabem disso!", escreve o 'Corriere dello Sport'.