A América do Sul conquistou hoje o seu 10.º título mundial, 20 anos depois do último, e evitou o ‘penta’ da Europa, face ao triunfo da Argentina sobre a França, na final da edição de 2022.
Os ‘albi-celestes’ ganharam por 4-2 no desempate por grandes penalidades, depois de 3-3 nos 120 minutos, para somarem o seu terceiro título, repetindo 1978 e 1986.
Desta forma, a Argentina isolou-se como segunda força da CONMEBOL, deixando para trás o Uruguai (campeão em 1930 e 1950), numa tabela liderada pelo Brasil, única seleção com cinco troféus (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002).
A América do Sul, que já liderou em várias ocasiões o duelo com a Europa, reduziu a diferença para dois troféus, depois de quatro desaires consecutivos: o ‘tetra’ da Itália, em 2006, a estreia a vencer da Espanha, em 2010, o ‘tetra’ da Alemanha, em 2014, e o ‘bis’ da França, em 2018, na Rússia.
Antes deste ciclo de quatro títulos consecutivos, a UEFA só tinha revalidado o cetro em 1938, ano em que a Itália repetiu a vitória de 1934, e só tinha comandado de forma isolada após as edições de 1938 (2-1) e 1954 (3-2).
O Mundial começou em 1930, no Uruguai, e como uma vitória dos anfitriões, seguindo-se dois triunfos da Itália, o primeiro em casa e o segundo na ‘vizinha’ França.
Após a II Guerra Mundial, o Brasil foi o organizador em 1950, mas foi o Uruguai a ‘bisar’, precisamente na segunda participação, após as ausências de 1934 e 1938.
A Europa voltou ao comando com a vitória da RFA em 1954, mas, vingando o ‘Maracanazo’, os ‘canarinhos’, com Pelé, responderam com dois triunfos consecutivos (1958 e 1962) e voltaram a adiantar a América do Sul.
Seguiu-se um longo período de alternância, com o único cetro da Inglaterra (1966), o ‘tri’ do Brasil (1970), que valeu a Taça Jules Rimet, o ‘bis’ da RFA (1974), a primeira vez da Argentina (1978) e o ‘tri’ da Itália (1982).
Em 1986, Maradona escreveu o ‘bis’ da Argentina, antes do ‘tri’ da RFA (1990), do ‘tetra’ dos brasileiros (1994), da estreia gaulesa (1998), e do ‘penta’ dos ‘canarinhos’ (2002).
A América do Sul ficou a vencer por 9-8, mas, na resposta, a Europa somou quatro triunfos e virou para 12-9, com os ‘tetras’ de Itália (2006) e Alemanha (2014), intercalados pela estreia a vencer da Espanha (2010) e o ‘bis’ da França (2018).
Hoje, em Lusail, a Argentina impediu o ‘penta’ da Europa, num combate a dois – nenhuma equipa de outra confederação chegou sequer à final – que prosseguirá em 2026, no Canadá, México e Estados Unidos.
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