O fulgor já não é o mesmo do início da temporada, mas o facto é que o FC Porto continua a vencer, segue isolado no topo e vai entrar com três pontos de vantagem sobre o Sporting e seis sobre o Benfica numa 13.ª jornada em que os seus dois rivais da capital se vão digladiar. Desta feita, pela frente os dragões tiveram um Estoril que esteve à altura e lhes soube fazer frente, mas um golo solitário, madrugador e oportuno fez a diferença.
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William Gomes aproveitou um mau passe de Jordan Holsgrove para, aos 8 minutos, marcar o único golo da partida. Antes disso já o Estoril tinha criado uma oportunidade clara de golo e depois disso - e até ao intervalo - as melhores oportunidades também pertenceram aos canarinhos, que terminaram a primeira parte com 9 remates, contra apenas 2 do FC Porto.
Os anfitriões melhoraram no arranque do segundo tempo, construíram alguns bons lances e podiam, aí, ter dilatado a vantagem, mas o resultado não mexeu e o Estoril - que até terminou o encontro com mais tempo de posse de bola - teve o mérito de manter a incerteza no resultado até ao fim, mostrando uma qualidade que talvez justifique uma classificação acima do 10.º lugar que para já ocupa.
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O momento: Oportunismo de William Gomes
Um golo chegou para dar três pontos ao FC Porto. E foi um golo pleno de oportunismo por parte de William Gomes. O brasileiro interceptou um passe recuado de Holsgrove com um toque na bola que lhe permitiu entrar na área e serviu ao mesmo tempo de receção orientada para, depois, rematar cruzado, de pé esquerdo, para o fundo das redes e garantir os três pontos logo aos 8 minutos de jogo.
A figura: William Gomes, o homem dos golos importantes
Foi, efetivamente, William Gomes a decidir um jogo nada fácil para o FC Porto. E não foi a primeira vez que o brasileiro decidiu um jogo. Este foi o seu quinto golo da época e o quarto a valer vitórias pela margem mínima, depois dos que marcou nos triunfos sobre Sporting, Estrela Vermelha e Red Bull Salzburgo.
Outros destaques
Jan Bednarek
O central polaco voltou a fazer dupla com o compatriota Kiwior e, perante um Estoril que atacou muito e deu muito trabalho ao setor mais recuado dos azuis e brancos, Bednarek efetuou vários cortes determinantes, incluindo um, de cabeça, em cima do minuto 90, a travar um disparo de Ferro que parecia levar selo de golo.
Rafik Guitane
Um capacidade técnica impressionante, com um reportório de fintas que deram muitas dores de cabeça (sobretudo, mas não só) aos laterais do FC Porto. Ofereceu, ainda na primeira parte, bolas de golo a João Carvalho e Begraoui que estes não aproveitaram.
Felix Bacher
Não foi só no ataque que o Estoril mostrou qualidade. Para sair do Estádio do Dragão com apenas um golo sofrido a equipa da linha de Cascais também contou com defesas em excelente nível, com destaque para Bacher, central austríaco que pouco ou nenhum espaço concedeu aos homens mais avançados do FC Porto.
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