
O Benfica precisou de sofrer para sair de Vila do Conde com a vitória no bolso, na 26.ª jornada da I Liga. As águias triunfaram por 2-3 contra o Rio Ave, com recurso a um golo de Akturkoglu aos 8o minutos de jogo. Com este resultado, os encarnados impuseram a segunda derrota caseira aos vilacondenses, esta temporada, e somaram três pontos importantes para a perseguição ao líder Sporting. Os rivais lisboetas estão separados por três pontos, mas o Benfica tem a possibilidade de alcançar a igualdade pontual em caso de vitória na jornada em atraso.
Para esta partida, novidades nas equipas titulares das duas formações. Carreras, Amdouni e Bruma ocuparam os lugares de Dahl, Akturkoglu e Schjelderup em comparação ao onze utilizado frente ao Barcelona. No Rio Ave, Petit promoveu a titularidade de Omar Richards no lugar de Abbey.
Jogo: Domínio desperdiçado quase comprometeu vitória
Assim que o árbitro apitou para o começo da partida, o Benfica quis mostrar a sua intenção de jogo e o domínio foi conquistado desde o primeiro minuto. O Rio Ave pouco ou nada conseguiu fazer para travar o sufoco encarnado nos instantes iniciais, até porque as águias pressionavam alto sempre que ficavam sem a bola muitas vezes com recurso a 6/7 jogadores na área vilacondense.
A formação de Bruno Lage apresentou-se com Carreras a tomar conta de praticamente todo o corredor esquerdo, com Bruma descaído para o meio atrás de Pavlidis. O mesmo aconteceu com Amdouni que também funcionou como segundo avançado, enquanto Aursnes abria na ala direita. Quando o norueguês não subia em contra ataque, era Tomás Araújo que desempenhava esse papel, antes de ser substituído ao intervalo por motivos físicos.
O duelo tinha sentido único e o conjunto das águias podia ter sido mais concretizador, não fosse a desinspiração de Pavlidis ou a falta de pontaria de Amdouni. Os lances de perigo foram mais do que suficientes para justificar uma mudança no marcador, mas faltava sempre algo no capítulo da finalização ou era Miszta quem brilhava. O guardião do Rio Ave voltou a dar nas vistas, como tem sido hábito, e teve boas interseções, seguras e importantes, como aconteceu à passagem do minuto 22.
Na falta de concretização coletiva, a individualidade foi chamada a jogo para desbloquear o resultado. Foi pelos pés de Kokçu que o Benfica abriu o marcador com um golo digno de ver e rever.
Após o intervalo, o Benfica manteve a superioridade e conseguiu alargar a vantagem por intermédio de Pavlidis. O grego ganhou a falta na área do Rio Ave, foi assinalado penálti e foi ele a concretizar para o fundo das redes.
A partida adivinhava-se controlada e tranquila para as águias, mas o Rio Ave mostrou estar disposto a lutar por uma reviravolta. A equipa da casa ganhou asas, os adeptos animaram-se, principalmente com o golo de Aguilera aos 63 minutos. O golo abalou o conjunto benfiquista e o impensável deu lugar à realidade com um inexplicável erro de Florentino. O médio perdeu a bola em zona proibida e deixou Clayton com caminho livre para estar frente a frente com Trubin, onde não falhou.
Vila do Conde estava em festa na esperança de um resultado melhor para o Rio Ave, mas foi do banco de suplentes do Benfica que chegou o golpe fatal. O recém entrado Andrea Belotti foi o maestro da jogada que levou a bola até Akturkoglu. A varinha estava afinada e o turco disse 'eu estou aqui' pronto para salvar o Benfica de um desaire na 26.ª jornada da I Liga.
O momento: Solução vinda do banco de suplentes
Akturkoglu entrou para o lugar de Amdouni aos 74 minutos, instantes antes de o Rio Ave chegar ao empate por intermédio de Clayton. Em virtude disso, o turco era mais do que necessário para impor alguma frieza no espírito encarnado. E assim foi, aos 80 minutos, o médio correspondeu a uma bela jogada ofensiva do Benfica, iniciada por Belotti também recém entrado, e fez o golo da vitória em Vila do Conde, garantindo os três pontos importantes para as águias.
O melhor: Kokçu de 'classe' foi dando luz ao Benfica
Kokçu foi orientando a equipa do Benfica em direção ao discernimento coletivo, na medida em que o médio turco foi a peça-chave na conexão entre a defesa e o ataque. Kokçu baixou, várias vezes, para fazer parte da construção e seguir com a bola para o meio-campo adversário. Para além disso, foi o autor do primeiro golo encarnado, que irá estar nos melhores da época. De fora da área, um remate colocado, cheio de intenção, estava teleguiado até ao fundo das redes. Para ver e rever.
O pior: Disparate quase estragou festa encarnada
O Benfica preparava-se para sair a jogar, controlando a vantagem de 1-2, até que Florentino protagonizou um momento fatal. O médio recebeu a bola de Trubin, rodou e deu de caras com Clayton que não facilitou e 'caçou' a bola. O avançado seguiu sempre em frente até colocar a bola no fundo das redes. O golo do empate aconteceu na sequência de um erro 'proibido' na defesa, tendo estado perto de ter comprometido a vitória encarnada.
Reações
Bruno Lage, treinador do Benfica
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