O jogo Benfica-Santa Clara ainda não tinha terminado e já fumo vermelho invadia o espaço junto à Casa do Benfica na cidade da Praia, em Cabo Verde, onde os adeptos até pedem “o 38.º” título português de futebol.
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Dezenas de adeptos assistiram pacientemente ao jogo decisivo da 34.ª e última jornada da I Liga, que os ‘encarnados’ venceram por 4-1, no ecrã gigante colocado pela Casa do Benfica, no Largo Eusébio.
A representação oficial do clube da Luz começou a festa às 08:00, com várias iniciativas para crianças e jovens, mas o ponto alto foi a visualização do jogo, que trouxe muitas alegrias aos adeptos vestidos a rigor, com camisolas e cachecóis, apesar do calor que se sente em Cabo Verde.
Com o filho Marcelo ao colo, Paulo era, no fim da partida, um adepto cansado e emocionado, mas confiante que valeu a pena assistir aos 90 minutos do jogo que atribuiu ao Benfica o 37.º título de campeão.
“Nunca pensei que perdia. Confiança”, disse à Lusa, disposto a festejar a vitória do seu clube do coração, o que o levou a aguardar durante horas para ter um bom lugar na praça.
Para Paulo, o médio Pizzi foi o melhor jogador em campo e, agora, o seu coração de adepto já só pensa no 38.º título.
Roberto Mendes escolheu João Félix como o melhor em campo, mas, como “grande benfiquista” que é, prefere achar que quem melhor jogou foi “a grande família benfiquista”.
Quase a perder a voz, abriu os braços dirigindo-se para as dezenas de adeptos em festa para quase declamar: “É uma grande festa. Somos lusófonos, somos do Benfica, somos da cor vermelha”.
E não tem dúvida que a vitória foi merecida, apesar de “muitos ciúmes dos portistas e dos sportinguistas”. “Mas a vida é mesmo assim. Agora queremos o 38.º”, reforçou.
Igualmente eufórica, Yede Querido confessou que sofreu durante o jogo: “Foi ansiedade a mais”.
Com um chapéu autografado pela antiga estrela benfiquista António Simões, esta adepta disse que é adepta do clube da Luz desde criança e, apesar do resultado volumoso, teria preferido que os golos tivessem chegado à meia dúzia.
Visivelmente cansado, o presidente da Casa do Benfica, Lumumba Barbosa, era um homem feliz na hora de celebrar a vitória benfiquista. As festividades que organizou começaram cedo, mas o ‘mar vermelho’ que invadiu o Largo Eusébio provou que a aposta foi vencida.
“Tem sido um prazer”, afirmou à Lusa, referindo que de manhã foram as crianças quem mais se divertiu, mas que agora o jogo estava a ser bom para todos.
O responsável disse ainda que os objetivos da Casa do Benfica estão a ser cumpridos, tanto na parte social como cultural e que agora ainda há mais para fazer. Por hoje, a festa está prometida para as 22:00.
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