O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, disse hoje que o balanço da temporada da equipa minhota, ainda na luta pelo apuramento para a Liga Europa de futebol, só pode ser feito após concluída a I Liga.
A quatro jornadas do fim do campeonato, os vitorianos ocupam a sexta posição do campeonato, com 45 pontos, menos quatro do que o Moreirense, e o responsável defendeu que o plantel treinado por Luís Castro ainda pode chegar aos lugares de acesso à Liga Europa.
"Os balanços fazem-se no fim. Continuamos a lutar pelo nosso objetivo. Outros continuam a lutar para ser campeões. Alguns propuseram sê-lo e já não conseguem ser. Outros estão a tentar manter-se na I Liga. Só no fim fazemos balanços", disse, após o anúncio de um produto de seguros de saúde para os sócios vitorianos, em parceria com a União das Misericórdias Portuguesas.
Com a quinta posição ainda "em cima da mesa", o dirigente vincou que o clube vai tentar satisfazer o "compromisso" estabelecido com os sócios no arranque da temporada, tendo ainda dito que a contestação dirigida à equipa nos últimos dois jogos - derrotas com Rio Ave (2-1) e Desportivo das Aves (1-0) -, é normal numa instituição com "muita gente".
"Há um momento em que é manifestado algum desagrado relativamente àquilo que está a acontecer, mas isso não pode significar um afastamento relativamente à equipa. Não pode, como nunca representou. Estou convencido de que vamos contar com os nossos sócios e com o apoio de que precisamos, até ao final do campeonato", disse.
Ainda a propósito das quatro jornadas que restam no campeonato, o presidente do Vitória disse concordar com a decisão do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol em anunciar os árbitros de cada ronda "ao mesmo tempo", de forma a evitar "assimetrias de informação" e "concorrências desleais" entre clubes.
Questionado sobre ainda as declarações do acionista maioritário da SAD vitoriana, Mário Ferreira, publicadas, na segunda-feira, no diário desportivo A Bola - disse que é preciso "mais investimento" no futebol -, Júlio Mendes reconheceu que é necessário mais dinheiro para o Vitória "continuar a crescer e almejar outros patamares".
O dirigente acrescentou que a entrada de "muitos milhões de euros" só pode acontecer se o investidor tiver possibilidade "de acompanhar e de controlar" esse investimento, algo que, no seu entender, exige ao clube "abdicar do controlo absoluto" - o clube detém 40% do capital social da SAD, mas as suas ações, do tipo A, dão-lhe alguns direitos excecionais, como o veto.
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