O internacional português Gelson Martins tornou-se hoje o quarto futebolista, dos nove que rescindiram contrato com justa causa com o Sporting, a encontrar clube, ao ser confirmado no Atlético de Madrid para as próximas cinco temporadas.

Antes de Gelson, o guarda-redes Rui Patrício comprometeu-se com os ingleses do Wolverhampton, o extremo Daniel Podence com os gregos do Olympiacos e o médio William Carvalho com o Betis, clube espanhol que chegou a acordo com os ‘leões’.

Por definir, continua o futuro do médio ofensivo Rúben Ribeiro, do médio defensivo argentino Battaglia e do jovem avançado Rafael Leão, todos ainda sem clube para 2018/19.

Dos nove que rescindiram unilateralmente, o médio Bruno Fernandes e o avançado holandês Bas Dost voltaram atrás com as decisões de sair e firmaram novos contratos com os ‘leões’.

A situação das rescisões foi provocada pela invasão à Academia do clube, em Alcochete, em 15 de maio, dia em que a equipa de futebol do Sporting foi atacada por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos, jogadores e ‘staff’.

O incidente aconteceu dois dias após o desaire por 2-1 no terreno do Marítimo, e consequente perda do segundo lugar da I Liga de futebol, e cinco antes da final da Taça de Portugal, que os ‘leões’ deixariam escapar, derrotados por 2-1 pelo Desportivo das Aves.

A temporada terminou nesse encontro e a 01 de junho, chegaram as primeiras rescisões unilaterais a Alvalade, primeiro do guarda-redes Rui Patrício e, horas depois, de Daniel Podence.

A 04 de junho, aconteceu a terceira baixa, mas não de nenhum jogador: depois de três anos no Sporting, o treinador Jorge Jesus foi confirmado nos sauditas do Al Hilal, sem ter de pagar ou receber qualquer indemnização.

Durante muitos dias, foram sendo ‘prometidas’ mais saída e elas chegaram a 11 de junho, com os anúncios das rescisões de William Carvalho, Gelson Martins, Bruno Fernandes e Bast Dost, seguindo-se, a 14, de Rúben Ribeiro, Battaglia e Rafael Leão.

As notícias apontavam para que mais jogadores o fizessem, mas a ‘sangria’ terminou aí, nos nove, sendo que, em 18 de junho, Rui Patrício foi o primeiro a decidir o futuro, ao vincular-se por quatro anos aos ingleses do Wolverhampton.

Os ingleses tentaram chegar a acordo com o Sporting, na altura, ainda com Bruno de Carvalho ao comando, e, de acordo com algumas notícias, também já o procuraram fazer depois da entrada de Sousa Cintra para a liderança da SAD ‘leonina’.

Foi já bem mais tarde, após o final da ‘era’ Bruno de Carvalho, que outras situações ficaram definidas, a primeira em 09 de julho, dia em que Daniel Podence, também sem acordo com o Sporting, foi anunciado como reforço do Olympiacos.

Depois de muitas más notícias, o Sporting recebeu, porém, uma muito boa no dia seguinte, com Bruno Fernandes, eleito o melhor jogador da I Liga 2017/18, a fazer ‘marcha atrás’ e a assinar um novo contrato com os ‘leões’, por cinco anos, com uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros.

Três dias volvidos, William Carvalho selou a sua saída, para o Betis, mas a bem, com o Sporting a receber dos espanhóis 16 milhões de euros fixos, mais quatro por objetivos.

Se o médio internacional luso partiu, o avançado holandês Bas Dost, melhor marcador dos ‘leões’ nas duas últimas épocas, seguiu o caminho de Bruno Fernandes e decidiu voltar, em 21 de julho, assinando por três anos, com 60 ME de cláusula.

Hoje, foi a vez do sexto dos nove jogadores que rescindiram resolver o seu futuro: o talentoso Gelson Martins, de 23 anos, assinou por cinco anos com o Atlético de Madrid, como jogador livre, sem acordo com os ‘leões’.

Segundo notícias por confirmar, o Sporting apresentará queixa na FIFA, entidade que também deverá decidir os restantes casos dos jogadores que rescindiram unilateralmente os seus contratos.