Foi o evento que abalou o mundo em 2022: a 24 de fevereiro a Rússia invadia a Ucrânia, numa ação militar que acabaria por ter repercussões nos mais variados setores. E o desporto não foi exceção.
Palco da final da Liga dos Campeões alterado e clubes russos excluídos das provas da UEFA
No futebol em concreto, da imediato levantou-se a questão de a final da Liga dos Campeões de 2021/22 estar prevista para São Petersburgo, na Rússia. Depois de alguma ponderação, com o agravar do conflito e perante forte pressão pública, a final acabou por ser mesmo movida para Paris.
Entretanto, surgiam relatos dramáticos vindos de futebolistas e treinadores em solo ucraniano, muitos deles estrangeiros e desesperados por não conseguirem regressar aos respetivos países.
A questão dos patrocínios também deu que falar, com a UEFA a acabar por se ver forçada a romper a russa Gazprom, uma das suas principais patrocinadoras.
A presença dos clubes russos nas competições europeias também começou a ser colocada em causa. A UEFA começou por transferir os jogos de clubes russos e ucranianos para terrenos neutros, mas as formações da Rússia acabaram mesmo por ser excluídas das provas da UEFA e impedidas de participar nas edições futuras até decisão em contrário.
Desta decisão do organismo máximo do futebol europeu acabou por beneficiar a seleção nacional feminina de futebol, que havia ficado de fora do apuramento para a fase final do Europeu 2021, atrás da Rússia no seu grupo de qualificação, mas que se viu, assim, repescada.
Nos estádios de futebol sucederam-se as mensagens de apoio e tributo à Ucrânia e as repercussões não se ficaram por aí. O oligarca russo Roman Abramovich, por exemplo, acabou mesmo por vender o Chelsea devido à situação.
A par destas medidas aplicadas pela UEFA, também a FIFA avançou com sanções para com os clubes e seleções russas, ao mesmo tempo que permitiu que os jogadores que atuavam nas equipas ucranianas pudessem assinar por outros clubes mesmo fora das janelas de transferências. com a Rússia a falar em decisões discriminatórias por parte dos dois organismos.
Uma a uma, todas as modalidades acabaram por castigar a Rússia
Mas não foi apenas o futebol a tomar medidas perante o escalar do conflito. A Euroliga de basquetebol terá mesmo sido a primeira competição a suspender os jogos envolvendo equipas russas.
No automobilismo, o Grande Prémio da Rússia foi cancelado e os tenistas russos e bielorrussos foram impedidos de competir sob nome ou bandeira russa. E as sanções foram-se estendendo um pouco por todas as modalidades.
O próprio presidente do Comité Olímpico Internacional defendeu que os atletas da Rússia deveriam ser banidos do desporto, como consequência da invasão daquele país à Ucrânia e
Já perto do final do ano, porém, o presidente do COI disse contudo que era necessário "explorar formas" de reintegrar os atletas russos que foram banidos das competições internacionais.
De acordo com Volodymyr Zelensky, "desde fevereiro, 184 atletas ucranianos morreram em resultado das ações da Rússia".
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