Os jogadores da seleção portuguesa de andebol atribuíram hoje o favoritismo à “superpoderosa França” no jogo de estreia no Euro2020, mas lembraram que a seleção nacional venceu há menos de um ano a terceira classificada do último Mundial.
“É a superpoderosa França, mas temos vindo a provar a nossa qualidade. (...) Já vem avisada com aquilo que fizemos na qualificação. Acho que já provámos que somos uma seleção forte e [os adversários] têm a noção disso”, sustentou Rui Silva, durante um encontro com os jornalistas na cidade norueguesa de Trondheim, palco do jogo de abertura do Grupo D.
Portugal esteve 14 anos sem se qualificar para a fase final de um Europeu e o central reconheceu que os atletas lusos poderão acusar algum nervosismo, algo que o pivô Tiago Rocha, um dos mais experientes do grupo de 18 convocados pelo selecionador Paulo Pereira, espera ver contrariado com a “qualidade e união” da equipa.
Para Alexandre Cavalcanti, “a França é uma das melhores seleções do mundo,” mas o lateral esquerdo recordou que Portugal “já venceu num passado recente” o adversário de sexta-feira, por 33-27, em Guimarães, antes de ser derrotado por 33-24, em Estrasburgo, em partidas do grupo 6 de qualificação para o Euro2020.
“Estamos muito confiantes. Sabemos o que Portugal tem feito nos últimos anos, tanto a nível nacional, como europeu e queremos dar continuidade a esse trabalho, mostrando o nosso valor e entrando muito bem no Europeu”, observou.
O guarda-redes Alfredo Quintana também destacou a “grande tradição” dos franceses no andebol mundial, modalidade em que “já ganharam tudo o que havia para ganhar”, o que também contribui para atirar “a pressão para o seu lado”.
“Ganhámos um jogo [à França], mas este é um torneio completamente diferente, um torneio em que estão mais habituados a estar, mas temos uma palavra a dizer e vamos fazer tudo para ganhar e demonstrar que Portugal não veio aqui por acaso e que quer estar em mais Europeus e Mundiais”, reforçou o ponta direito Pedro Portela.
A ‘equipa das quinas’ defronta a França no pavilhão Trondheim Spectrum, a partir das 18:15 (menos uma hora em Lisboa), antes de a anfitriã Noruega, vice-campeã mundial em exercício, jogar com a estreante Bósnia-Herzegovina, no segundo encontro do agrupamento D.
Portugal, que disputa pela sexta vez no Europeu (no qual tem como melhor resultado o sétimo lugar alcançado em 2000, na Croácia), defronta os bósnios no domingo e encerra a participação na fase inicial da prova na terça-feira, frente aos noruegueses, sempre em Trondheim.
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