Martim Costa avisa que a Seleção Nacional está "confiante e preparadíssima" para o torneio pré-olímpico, que disputa a partir de quinta-feira, na Hungria, com vista a carimbar a presença nos Jogos Olímpicos Paris2024.
Dois meses após o sétimo lugar no Euro2024, disputado em janeiro, na Alemanha, resultado que permitiu a qualificação para a competição de apuramento para os Jogos, a seleção das 'quinas' tenta reeditar a inédita participação olímpica de Tóquio2020, embalada pelas recentes boas campanhas nas grandes competições internacionais.
"As nossas expectativas passam pela qualificação para os Jogos Olímpicos. É o nosso principal objetivo, está bem assente na nossa cabeça, acho que não escondemos isso de ninguém. Estivemos bastante bem no Europeu, acho que surpreendemos muita gente. A equipa está bem, estamos confiantes e preparadíssimos para enfrentar estes três jogos que agora temos", garantiu Martim Costa, melhor marcador do último Europeu e um dos principais 'nomes' do andebol luso, mas que, nem por isso, considera encarar o interesse de vários clubes, mantendo "o foco em Portugal e no Sporting".
Ainda no rescaldo da recente competição, o também eleito melhor lateral esquerdo voltou a elogiar o percurso português, mas confessou o sabor amargo de ficar perto de uma campanha ainda mais histórica.
"O nosso objetivo sempre foi ir ao pré-olímpico. E, nesse caso, acho que foi bastante positiva a nossa prestação no Europeu, porque atingimos o objetivo principal. Claro que depois podíamos ter chegado um bocadinho mais longe e fica sempre esse sabor um bocado amargo. Acho que as seleções já nos olham de maneira diferente, sabem que temos muita qualidade, que sabemos jogar muito bom andebol e que podemos ganhar a qualquer seleção do mundo", expressou.
Quanto ao embate com a Noruega, o primeiro de três jogos no Grupo 3 do torneio pré-olímpico, já na quinta-feira, em que Portugal reencontra o adversário que bateu em janeiro, por 37-32, Martim Costa insiste que só uma equipa na sua melhor forma poderá vencer novamente os nórdicos, rejeitando qualquer tipo de facilidades.
"Sabemos que a Noruega é provavelmente uma das melhores seleções do mundo e temos de ser perfeitos no ataque e na defesa, como fomos no jogo no Campeonato da Europa. Se não estivermos na nossa máxima força, sabemos que vai ser muito complicado ganhar", constatou.
Para além dos noruegueses, os comandados de Paulo Jorge Pereira irão defrontar a Tunísia, no sábado, e a anfitriã Hungria, no domingo, num grupo que será disputado em Tatabánya, cidade que se situa a cerca de 50 quilómetros de Budapeste. Os dois primeiros classificados da 'poule' garantem o apuramento para Paris2024.
Leonel Fernandes, em declarações à Lusa, rejeitou o rótulo de 'geração de ouro' atribuído à atual equipa portuguesa, mas espera que seja pioneira e que promova ainda mais a evolução recente do andebol português, para que as formações sucessoras possam ter mais sucesso e consigam chegar aos títulos internacionais.
"Se fosse realmente a geração de ouro, poderia significar que Portugal não passava daqui. Ou seja, eu gostava que nós fôssemos a seleção, e quem já esteve cá antes de mim, a seleção que realmente começou isto tudo. Sendo sincero, adorava que daqui a 10 anos houvesse a verdadeira de ouro, que estivesse sempre nas medalhas. Se for a geração de ouro no sentido de que acendeu o pavio de tudo o resto, nesse sentido, sim, eu gostava que fosse", confessou o ponta do FC Porto.
Os encontros do Grupo 3 do torneio pré-olímpico irão decorrer na Arena Tatabánya, o quarto maior recinto de andebol da Hungria, com capacidade para 6.000 lugares.
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