O presidente da Federação de Triatlo de Portugal (FTP), Sérgio Dias, assume “algumas dificuldades” para fixar as mulheres na alta competição, lamentando algumas saídas importantes, mas confiando plenamente em quem persiste.

“Há uma dificuldade transversal às várias modalidades. Nos jovens, por vezes, até há mais meninas do que rapazes, mas, depois, a partir de certa idade, há também um abandono maior, mais notório no setor feminino”, reconheceu o dirigente, em declarações à Lusa.

A ambição olímpica no feminino, seja em singulares ou nas estafetas mistas, limita-se atualmente a Melanie Santos e Maria Tomé, uma vez que Vera Vilaça e Gabriela Ribeiro já não fazem parte das opções da modalidade.

“Foram duas perdas grandes em termos de alto rendimento e atletas de seleção. A Vera continua noutra modalidade [ciclismo]. Para ela, todo o sucesso. A Gabriela retirou-se por opção própria. Não desejamos, mas temos de lidar com isso numa base diária”, resignou-se.

Sérgio Dias recorda que, “historicamente”, o melhor triatleta de sempre em Portugal foi Vanessa Fernandes, vice-campeã olímpica em Pequim2008, numa carreira “com inúmeros sucessos”, contudo lembra que, “tirando esse caso isolado, tradicionalmente o setor masculino é mais denso, com mais atletas”.

Portugal é atualmente nono no ranking mundial de estafetas mistas, posição que, no atual cenário, garante a derradeira vaga para Paris2024. Melanie Santos e Maria Tomé são as únicas opções portuguesas no feminino, pelo que não podem ter percalços.

“Obviamente que isso coloca um pouco mais de pressão sobre elas. A nossa profundidade diminuiu um pouco, mas elas sabem lidar bem com isso, Fazem-no muito bem e confiamos que vão cumprir o objetivo de se qualificarem para os Jogos Olímpicos, seja pelas estafetas, seja por ranking individual”, desejou.

Melanie Santos é somente 63.ª e Maria Tomé 88.ª no ranking individual, pelo que a via atual mais provável está mesmo nas equipas mistas.

Já em termos masculinos, Vasco Vilaça é 10.º, João Silva 12.º e João Pereira 33.º, sendo que, nos homens, o terceiro elemento para Paris2024 tem de estar nos 30 primeiros. Já Ricardo Batista é 58.º.

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