A Volta a Espanha em bicicleta vai manter-se nas datas programadas, de 14 de agosto a 06 de setembro, e com as 21 etapas planeadas, face à pandemia de COVID-19, disse hoje o diretor, Javier Guillén.
Segundo Guillén, as datas não estão a ser reequacionadas, assim como uma possível redução no número de etapas, explicou ao diário desportivo espanhol AS, numa resposta a uma notícia do italiano La Gazzetta dello Sport, que reportava um atraso da Volta a França e da 'Vuelta' em cerca de um mês.
O 'Tour', que arranca antes da prova espanhola, é a prioridade da ASO, que organiza as duas 'grandes Voltas', para que possa "decorrer" e não cancelado, como a generalidade das provas de ciclismo em março e abril.
O avanço da pandemia levou também ao adiamento da primeira 'grande Volta' do calendário, o 'Giro' de Itália, para já sem novas datas, depois de estar marcada para arrancar em 09 de maio, em Budapeste.
"Sabemos a dificuldade de coordenar a realização de eventos que ainda estão marcados [como a 'Vuelta] com outros que terão de ser remarcados, por isso, e no evento de alguma prova mudar de datas, sabemos que temos de ter boa fé", acrescentou Javier Guillén, para quem o 'Tour' é "um evento essencial para o ciclismo".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil. Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia, e o continente europeu é neste momento o mais atingido, acima de 508 mil infetados e 34.500 mortos.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 17 de abril, registaram-se 209 mortes e 9.034 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
Comentários