Os treinadores do Sporting e do FC Porto, que no domingo disputam na Mealhada a Supertaça António Livramento em hóquei em patins, não assumem favoritismo na conquista da competição.
"Assumir aqui alguma dose de favoritismo é estarmo-nos a enganar a nós mesmos. Uma coisa é a vontade que temos de conquistar a Supertaça e outra coisa é o claro respeito que temos pelo nosso adversário, porque é um enorme adversário e certamente o inverso também é verdadeiro. Temos de necessariamente repartir o favoritismo, 50% para cada um dos clubes", disse o treinador do Sporting, Paulo Freitas, na conferência de imprensa conjunta de antevisão da partida.
Paulo Freitas argumentou que a divisão do favoritismo decorre dos registos da época 2017/2018 e dos objetivos de ambos os clubes: "Foram as duas melhores equipas, o FC Porto conquistou e bem a Taça de Portugal, teve de eliminar um conjunto de equipas de grande valia, eliminou o Sporting, eliminou o Benfica, eliminou a Oliveirense, assim como também digo que foi muito justa a conquista do campeonato nacional pela nossa parte, porque fomos sem sombra de dúvida a equipa mais regular ao longo do campeonato."
O treinador sportinguista disse ainda que o jogo de domingo é um "confronto histórico" entre duas das melhores formações nacionais da modalidade - Sporting e FC Porto não se encontravam na final da Supertaça António Livramento desde 1991, há 17 anos - e que "depois dea bola começar a rolar, vão ser os pormenores a estar em questão e a equipa que errar menos será aquela que vai sair com a Supertaça".
Já o treinador do FC Porto, Guillem Cabestany, considerou que a questão do eventual favoritismo "diz mais a jornalistas e aos adeptos" dos dois clubes.
"Para mim e para os meus jogadores não importa nada quem é favorito. Estamos perante duas grandes equipas, grandes jogadores, a preocupação é como temos de jogar amanhã [domingo] e não se somos favoritos ou não", declarou.
Questionados pela agência Lusa sobre os pontos mais e menos fortes da equipa adversária, o treinador do Sporting considerou que a matriz do FC Porto "não mudou muito" da época passada para a atual.
"É uma equipa muito vertical, muito focada na baliza. Por vezes o seu processo ofensivo chega a ser vertiginoso, é uma equipa que aposta claramente nas transições ofensivas, com muita qualidade e que com muito poucos toques na bola e pelo posicionamento dos seus jogadores, consegue chegar rapidamente à baliza. Defende bem, é agressiva sob o ponto de vista defensivo, agressividade no bom sentido, em todas as fases do jogo é uma equipa muito forte", ilustrou o técnico 'leonino'.
Guillem Cabestany afirmou, por seu turno, que o Sporting, campeão nacional na época passada, ou o FC Porto - que é o detentor, há duas épocas consecutivas, da Supertaça António Livramento e vencedor da Taça de Portugal há três anos seguidos -, são duas equipas "que têm grande nível em todos os aspetos do jogo e grandes individualidades".
O técnico portista apontou a segurança defensiva dos leões e a dificuldade que os adversários têm em criar situações de golo como um dos aspetos mais fortes da equipa de Alvalade.
"Estamos perante uma equipa que defende muito bem, mas ganhar um campeonato, não se consegue só a defender. Tem individualidades e um jogo coletivo de muita qualidade", disse Guillem Cabestany.
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