O português Vítor Lopes passou hoje por algumas dificuldades na segunda volta do Open de Portugal em golfe e teve de gerir o jogo para partilhar a liderança com dois ingleses no Royal Óbidos Golf Course.
“Foi muito duro. Não estava a encontrar o ‘swing’. Foi uma batalha emocional e a nível de ‘swing’, mas consegui terminar com um ‘birdie’ e estou pronto para as próximas duas voltas. Foi mesmo um jogo de gestão, falhar no sítio certo, e aguentei-me bem”, explicou no final dos primeiros 36 buracos, acrescentando que “a bola não estava a sair como queria”.
O jovem algarvio, de 24 anos, depois de uma estreia com 65 pancadas, completou a segunda ronda com 71 'shots', graças a quatro ‘birdies’ (nos buracos 4, 8, 12 e 18) e três ‘bogeys’ (2, 13 e 15), partilhando o comando da prova com Nathan Kimsey e Andrew Wilson, todos com 136 pancadas, oito abaixo do Par.
“Não vai ser fácil, o vento vai aumentar, mas tenho vantagem nestas condições e vou aproveitar. Estou a fazer muitos ‘fairways’ e ‘greens’, o ‘putt’ está à altura do meu jogo, por isso estou em primeiro. É controlar as emoções. Creio que tenho feito um bom trabalho, nestas condições. É manter a paciência”, acrescentou Lopes, líder pela primeira vez de uma prova do European Tour.
Já Ricardo Santos, após cair do top-5 para o grupo dos 27.ºs classificados, com um agregado de 142 pancadas (68+74), não conseguiu esconder o desagrado por ter disputado parte da segunda volta na sexta-feira, sob condições climatéricas adversas, que suspenderam a prova de manhã, devido a trovoada, e à tarde, por ventos fortes.
“Ontem [sexta-feira] foi um dia bastante injusto e demasiado agressivo. Acho que a decisão do diretor do torneio não foi a mais acertada, tomou a decisão demasiado tarde e obviamente que isso prejudicou todos os jogadores que estavam no campo e jogaram cerca de duas horas naquelas condições”, justificou o português membro do European Tour.
Apesar de ter recuperado as duas pancadas acima registadas na sexta-feira, Ricardo Santos teve “um final de volta infeliz” no Royal Óbidos Golf Course.
“Falhei o segundo ‘shot’ no buraco 17 para o ‘bunker’, de onde dei um bom ‘shot’, mas não consegui concretizar o ‘putt’. No buraco 18, fui demasiado agressivo, ataquei demais a bandeira e a bola acabou por ir para a água. É um pouco a frustração e o querer demasiado”, contou, antevendo “um torneio do para e arranca”.
Enquanto Santos defende ser “necessário bastante paciência e, em termos de atitude no campo”, na posição em que está, “atacar um pouco mais para subir na classificação”, Pedro Figueiredo revela não pretender mudar a estratégia de jogo, após o agregado de 210 pancadas (71+73).
“Preciso de duas boas voltas para subir na classificação. Sinto que estou a jogar bem, sobretudo do ‘tee’ ao ‘green’. Tenho falhado nos ‘putts’, portanto, diria que não tenho de mudar grande coisa em termos de estratégia, tenho sim de ser mais concretizador nos ‘greens’ para conseguir fazer mais ‘birdies’ e menos ‘bogeys’. Já fiz quatro ‘bogeys’ a três ‘putts’ e, se conseguir limpar esses erros, acho que vou conseguir fazer dois bons resultados”, sublinhou.
Tal como Lopes, Santos e Figueiredo, os portugueses Stephen Ferreira, Ricardo Melo Gouveia e Tomás Bessa prosseguem em prova até domingo, dia em que se apurará o novo campeão do Open de Portugal.
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