O piloto português Miguel Oliveira (KTM) mostrou-se hoje satisfeito com o ritmo de corrida que conseguiu impor no segundo de três dias de testes de pré-temporada de MotoGP que decorrem na Indonésia.
O piloto de Almada, que terminou o dia com o 18.º melhor registo entre os 24 pilotos em pista no circuito de Mandalika, lamenta, contudo, que não tenha conseguido a mesma rapidez na simulação de qualificação.
“Fizemos outra vez muitas voltas, para tentar aprender a pista e tentar que ficasse mais limpa. Foi uma grande mudança nos resultados na parte final da sessão. Não tínhamos mais opções e não fizemos a volta rápida na altura certa. Temos potencial para amanhã [domingo] de manhã conseguir um bom tempo”, frisou.
O piloto português acredita que a classificação “não revela todo o trabalho realizado”, até porque hoje terminou a 0,911 segundos do mais rápido do dia, o italiano Luca Marini (Ducati), quando, na véspera, terminara a 1,2 segundos do mais rápido.
“Não estou em dificuldades em nenhuma área. Tenho apenas de ir mais rápido para melhorar os resultados”, disse Oliveira.
O piloto português frisou que “o ritmo [em simulação de corrida] não foi mau”, pois conseguiu “manter o ritmo mesmo com o pneu já desgastado”.
“À tarde, foquei-me no médio atrás. Tínhamos a informação de que os macios talvez sejam demasiado brandos para aqui e será difícil ter esse composto na corrida. O pneu macio pode dar mais aderência durante muitas voltas. Será difícil ter este pneu disponível. Muitos dos pilotos à minha frente não têm o meu ritmo, mas conseguem ser rápidos a uma volta. Temos de nos concentrar nisso amanhã [domingo]”, apontou.
Miguel Oliveira garante não estar “satisfeito” por “terminar nesta posição”.
“É uma pista nova, com novas referências, mas continua a faltar-me ritmo a uma volta. Ainda falta um dia. Aqui só há uma linha e, fora dela, há muita sujidade e será difícil ultrapassar. Os pneus também disparam pedras e, seguindo atrás de alguém, será difícil não ser atingido. Vamos ver. Não estou completamente satisfeito com a forma como terminámos, mas o resultado não demonstra todo o trabalho feito”, garantiu o piloto luso.
Na sessão de hoje, cinco marcas colocaram representantes seus nos cinco primeiros lugares, mostrando que esta será uma temporada competitiva.
“Está tudo muito próximo. É uma questão de detalhes. Todas as motas são muito boas. O que faz a diferença é saber o que funciona melhor para cada piloto”, concluiu Miguel Oliveira.
Os pilotos regressam ao trabalho no domingo, para a última sessão de testes antes do arranque do campeonato, em 28 de março.
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