A Federação Inglesa de Futebol vai promover novas pesquisas para descobrir o que causa um maior risco de demência entre os jogadores profissionais, com 3,5 vezes mais probabilidade de morrer de doenças neurodegenerativas do que o resto da população.
"Esta aposta nas pesquisas é outro passo importante no nosso compromisso de entender melhor o que causa distúrbios neurodegenerativos em ex-jogadores de futebol profissionais", explicou o secretário-geral da federação, Mark Bullingham.
Os riscos acrescidos para os futebolistas foram identificados em 2019 num estudo da Universidade de Glasgow e co-financiada pela Federação e pelo Sindicato dos Profissionais de Jogadores de Futebol.
Em novembro, Bobby Charlton, antiga lenda do Manchester United e da seleção inglesa, foi diagnosticada com demência, bem como o seu irmão Jack e seu antigo colega Nobby Stiles, que faleceu em 2020.
Dois fatores potenciais para a demência podem ser os repetidos cabeceamentos na bola e as comoções.
“Que este projeto ajude a proteger os jogadores e o futebol a ser o mais seguro possível nas gerações futuras”, disse o responsável do sindicato dos jogadores, Gordon Taylor.
Um grupo de trabalho está a considerar possíveis recomendações para se evitarem toques de cabeça durante os treinos profissionais; os técnicos já são desaconselhados a evitá-los nas camadas mais jovens.
As lesões na cabeça são também uma preocupação no mundo do râguebi: vários antigos praticantes estão a avançar com ações legais contra a World Rubgy e as federações inglesa e galesa depois de saberem que sofrem de problemas neurológicos.
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