O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Mário Figueiredo, reforçou hoje, em declarações à Lusa, o propósito do alargamento do campeonato principal para 18 equipas, mas negou ter afirmado que não haveria descidas de divisão.
«Nunca afirmei - nem afirmo - que na atual época desportiva não haverá descidas de escalão na primeira e na segunda Liga», disse o sucessor de Fernando Gomes, eleito no passado dia 12.
O dirigente insiste na defesa do alargamento «como uma solução para acrescentar valor a uma prova que tem tido sucesso internacional».
Ressalvou, porém, o facto de estar «nos primeiros dias» de um mandato de dois anos e meio e a vontade de decidir em função da avaliação de «todos os cenários, para perceber os sinais dos associados, dos adeptos, do mercado e das empresas».
Mário Figueiredo insistiu que «importa discutir todas as soluções com todos clubes», pois a eventual alteração aos quadros competitivos «exige um amplo debate interno e uma decisão com apoio alargado».
«É nesse debate e nesse amplo consenso que estou interessado», sublinhou, revelando que não há necessidade de decidir até 31 de janeiro, conforme se chegou a ventilar.
O presidente da LPFP escusou-se, por isso, a avançar com prazos para o processo de alargamento ou formatos de competição a implementar, e concluiu: «O fortalecimento da indústria do futebol profissional é um objetivo de todos».
Mário Figueiredo foi eleito presidente da Liga de clubes com 27 votos, contra 21 do seu oponente, António Laranjo, e no próprio dia, na tomada de posse, anunciou que o alargamento do principal campeonato seria o maior objetivo, a par das negociações dos direitos televisivos em bloco e a reconquista, em sede legal, dos direitos aos patrocínios das casas de apostas desportivas online.
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