
O capitão do Tondela, Ricardo Alves, disse hoje que o regresso à I Liga de futebol é a sensação de “dever cumprido”, porque o clube “é de primeira e continuará a ser” no futuro.
“Desde a descida que, em Tondela, sonhávamos muito com este momento. Estamos todos muito felizes por, três anos depois, o clube ter voltado à I Liga. Estamos muito felizes”, realçou Ricardo Alves.
O capitão falava aos jornalistas no final da cerimónia de homenagem no Município de Tondela, no distrito de Viseu, ao clube que se sagrou campeão da II Liga na sexta-feira, depois de vencer por 2-0 na deslocação ao reduto da União de Leiria.
Ricardo Alves, que veste de verde e amarelo desde a época 2018/19 e sentiu o “murro no estômago” em 2022 com a descida do Tondela para a II Liga, assumiu hoje que o regresso ao escalão superior do futebol é a “sensação de dever cumprido”.
No interior do salão nobre dos Paços do Concelho, tomou a palavra para afirmar que “o Tondela é de primeira e continuará a ser” com ou sem Ricardo Alves, uma vez que depois disse aos jornalistas que o contrato expira agora e ainda nada está decidido.
Como o momento alto da época apontou “o último golo do Roberto, porque foi o carimbar” do título, depois de ele ter “passado por muito este ano e, por isso, o sentimento ainda foi maior”.
“Estávamos todos desejosos que ele voltasse aos golos”, depois de Roberto ter marcado 10 golos na época e ter estado mais do que uma vez na liderança dos marcadores da II Liga.
À agência Lusa, Roberto mostrou-se “muito feliz” com a época realizada, apesar do ano “muito difícil e de emoções fortes”, disse ter cumprido “o objetivo de ser dos melhores” marcadores, assim como “o de subir à I Liga”, que era um objetivo “desde o primeiro dia”.
Quanto ao futuro, soltou um “logo se vê”, já que o contrato expira agora.
Numa cerimónia em que “o orgulho por Tondela e pelo Tondela” foi das expressões mais usadas, também a “raça beirã” esteve em foco, quer no discurso da presidente do Município, Carla Borges, quer no presidente do clube, Gilberto Coimbra.
A dirigir os destinos do clube há 24 anos, Gilberto Coimbra tomou a palavra por meia hora para contar que “é muito difícil fazer tanto com tão pouco” e reforçou que não quer deixar o clube “sem a academia estar concluída”.
Gilberto Coimbra não poupou agradecimentos a “todos os que fazem acontecer” e desejou que “existisse uma universidade perto, porque os meninos dos sub-19 vão todos embora para irem estudar”.
“Se aqui houvesse uma universidade seria muito mais fácil manter os atletas no Tondela. E também por isso quero muito ter o escalão sub-23 para não os perder, porque assim é mais fácil para fazer a ligação à equipa principal”, desejou.
Este ano, o Tondela fez subir aos nacionais o escalão sub-14 e tem no nacional os sub-15, sub-17 e sub-19, o que para o Município de Tondela, é motivo de “muito orgulho”, porque o clube “está associado à cidade, ao concelho, ao distrito e a toda a região”.
Bebeto, que regressou ao Município de Tondela, como Ricardo Alves, depois de ter lá estado pelo feito inédito de levar o clube a uma final da Taça de Portugal, no Jamor, em 2022, disse à agência Lusa que “hoje foi bem diferente”, até porque nesse ano desceram de escalão.
“Estamos muito felizes. O objetivo era colocar o Tondela na primeira e conseguimos. Naquela altura, foi muito difícil a descida, mas, três anos depois, estarmos aqui pela subida e por sermos campeões é motivo de muita alegria”, assumiu o defesa brasileiro, admitindo que “gostava de continuar” no clube beirão, mas que é algo que não depende só de si.
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