A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) pagou 200 mil dólares (mais de 180 mil euros) de indemnização ao antigo selecionador nacional Luís Gonçalves e ao adjunto Tiago Capaz, ambos portugueses, anunciou o presidente do organismo, Faizal Sidat.
Sidat, citado hoje pelo Notícias, o principal diário de Moçambique, avançou que Luís Gonçalves recebeu 160 mil dólares (cerca de 144 mil euros) e Tiago Capaz 40 mil dólares (cerca de 36 mil euros).
“Era nossa responsabilidade pagar esta dívida e cumprimos. Errámos [na forma como despedimentos a equipa técnica], como erram todos os humanos, aliás, ninguém gosta de ser despedido, com ou sem razão”, afirmou o presidente da FMF.
Os valores da indemnização pagos a Luís Gonçalves e Tiago Capaz correspondem a 60% do valor a que a FMF tinha sido condenada pela FIFA a pagar aos dois treinadores, depois de ambos contestarem o seu despedimento do comando da seleção moçambicana.
A redução do montante resultou de negociações entre os dois treinadores e a FMF e que foram intermediadas pelo Governo moçambicano, através da Secretaria do Estado do Desporto (SED).
O acordo travou a pretensão da FMF de recorrer de uma condenação da FIFA ao pagamento de uma indemnização de 330 mil euros aos dois treinadores, na sequência de uma queixa contra o seu afastamento do comando dos 'Mambas'.
Luís Gonçalves e Tiago Capaz contestaram na FIFA a decisão, rejeitando o argumento de que a continuação dos seus contratos dependia do alcance de determinados objetivos desportivos, prevendo o fim do vínculo logo que Moçambique fosse afastado da qualificação para a Taça das Nações Africanas (CAN) de 2021.
A CAN decorreu este ano nos Camarões, depois de ter sido adiada devido à pandemia de covid-19.
A prova foi conquistada pelo Senegal, que bateu na final o Egito, orientado pelo português Carlos Queiroz.
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