O laboratório de Pequim, parte da rede de centros da Agência Mundial Antidopagem (AMA), encerrou atividade após ter estado suspenso quatro meses, por não reportar testes positivos no uso de substâncias proibidas, informou hoje a imprensa estatal.
A AMA ordenou a suspensão do laboratório no dia 22 de abril, após este ter reportado "dois casos falsos de resultados negativos", em 2015, segundo admitiu o chefe do laboratório, Xu Youxuan, alegando "problemas técnicos".
"O problema ocorreu porque não seguimos os últimos requisitos técnicos da AMA e devido a falhas na revisão das análises", afirmou Xu.
Estabelecido em 1989, o laboratório de Pequim é um dos 34 laboratórios acreditados pela agência mundial contra a dopagem.
A suspensão obrigou as federações chinesas a enviar mostras de sangue e urina a outros laboratórios da rede da AMA, em meses cruciais para a preparação dos atletas, devido à proximidade dos Jogos Olímpicos deste ano, que estão a decorrer no Rio de Janeiro.
Vários escândalos no desporto chinês, envolvendo doping, têm levantado dúvidas sobre o rendimento de alguns dos seus principais atletas, especialmente na natação, onde a sua figura máxima atual, Sun Yang, foi sancionado com três meses de suspensão, em 2014, devido ao consumo de substâncias proibidas.
A polémica reavivou-se na semana passada, quando alguns dos seus rivais, como o australiano Mack Horton e o francês Camille Lacourt, acusaram Sun de ser um "batoteiro".
A nadadora chinesa Chen Xinyi, de 18 anos, deu também positivo, após ficar em quarto na final de 100 metros de mariposa.
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