O antigo presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) Lamine Diack foi processado por ter favorecido o seu filho, Papa Massata Diack, em negociações com patrocinadores e direitos de televisão.
O senegalês, de 85 anos, alvo de várias investigações relacionadas com corrupção durante o seu mandato, de 1999 a 2015, é acusado de “abuso de confiança” em prejuízo da IAAF e benefício do seu descendente em fundos relativos a direitos de televisão e patrocínios.
A justiça francesa acusa-o de permitir que um dos seus filhos “se apropriasse das receitas de patrocínios da federação internacional”, como as decorrentes do banco estatal russo VTB, da tecnológica coreana Samsung, das chinesas CCTV e Sinopc ou da Abu Dhabi Cooperation.
Estas novas suspeitas foram reveladas através da ação da IAAF que em julho de 2017, já presidida pelo britânico Sebastian Coe, pediu à justiça que investigasse as más condições dos direitos de TV e contratos de patrocínio para a IAAF vigentes no período entre 2008 e 2015, nomeadamente entre a federação e o gigante japonês de publicidade Dentsu, responsável pela comercialização dos direitos.
Papa Massata Diack, assessor de marketing da IAAF, esteve sempre na linha da linha de frente dos acordos.
Além deste processo, o agora octogenário é também suspeito, no Brasil e em França, de corrupção nos bastidores na compra de votos para a entrega dos Jogos Olímpicos de 2016 ao Rio de Janeiro e a de 2020 a Tóquio.
Em França, o antigo dirigente já está igualmente indiciado num sistema de corrupção para encobrir os casos de doping na Rússia.
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